Biorreator usa algas para transformar CO2 em oxigênio

Máquina desenvolvida pela Hypergiant Industries absorve CO2 até 400 vezes mais rapidamente que as árvores
Luiz Nogueira19/09/2019 16h01, atualizada em 19/09/2019 16h15

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Por uma boa razão, muitas pessoas estão preocupadas com a quantidade de dióxido de carbono (CO2) que está sendo bombeado para a atmosfera. Esse gás tem um alto poder de retenção de calor na atmosfera, o que, consequentemente, causa o que conhecemos como efeito estufa.

Para resolver esse problema, uma empresa de inteligência artificial (IA) chamada Hypergiant Industries criou um biorreator que combina IA e algas para absorver CO2 até 400 vezes mais rápido que as árvores. O dispositivo usa um princípio chamado de “Sequestro de Carbono”. Isso se refere à captura e armazenamento de dióxido de carbono usando processos biológicos. Essa é uma extensão da fotossíntese, na qual plantas, como árvores, usam energia do sol para transformar dióxido de carbono em oxigênio.

“O dispositivo [que criamos] é um modelo de sistema fechado”, explicou Ben Lamm, CEO da Hypergiant Industries. “Todas as partes do processo de crescimento são rigidamente controladas e otimizadas para maximizar o consumo de CO2. A IA monitora luz, calor, crescimento, velocidade da água, pH, CO2 e produção de oxigênio, tudo para garantir condições ideais de crescimento.”

As algas são uma das máquinas mais eficientes da natureza para o consumo de dióxido de carbono. As algas precisam de três elementos-chave para crescer: dióxido de carbono, luz e água. Por esse motivo, elas foram escolhidas para o projeto.

“Um dos nossos biorreatores é capaz de retirar a mesma quantidade de carbono da atmosfera que um acre inteiro de árvores”, disse Lamm. “Somos uma empresa de tecnologia que produz produtos e soluções de IA – mas primeiro somos humanos e queremos criar produtos que melhorem a condição humana.”

O biorreator da Hypergiant é bastante compacto pelo que se propõe, medindo 91 cm de largura por 2,13 metros de altura. Pequeno o suficiente para caber em edifícios de escritórios que querem adotar soluções mais sustentáveis.

Apesar dos resultados obtidos, Lamm enfatizou que o projeto ainda está em seus estágios iniciais. A ideia da empresa é implantar a tecnologia aos poucos, mas por enquanto o objetivo de Lamm é mostrar que a tecnologia funciona e pode ser uma alternativa para melhorar a qualidade do ar.

Via: Digital Trends

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital