Bike elétrica impressa em fibra de carbono sob medida custa mais de R$ 20 mil

Modelo fabricado pela norte-americana Arevo possui quadro unibody e bateria com até 96 Km de autonomia
Renato Mota13/07/2020 17h59

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A Arevo, uma fabricante relativamente desconhecida da Califórnia, está lançando dois modelos de bicicletas com o quadro construído como uma peça única, impresso em 3D e feito 100% de fibra de carbono. A Superstrata virá em dois modelos: o clássico Terra (US$ 2.799) e o elétrico Ion (US$ 3.999).

Nas duas versões, o diferencial é o design unibody do quadro, sem emendas visíveis ou marcas de solda. “Esta peça sai como uma peça única de nossas máquinas”, explica o CEO da Arevo,  Sonny Vu. “Não há cola, junções, parafusos, soldas a laser, nada disso. Na verdade, as peças são cortadas na fase do pós-processamento”, completa.

O quadro, em formato de diamante aberto, se encaixa no tubo de assento e nos garfos dianteiros. Cada bicicleta pode ser impressa de acordo com as dimensões do ciclista são mais de 500 mil configurações possíveis que correspondem a altura, peso, comprimento do braço e da perna do cliente, bem como sua posição de pilotagem preferida e o nível de rigidez da estrutura.

O modelo Ion ainda conta com um motor de 250 watts e é consideravelmente mais leve do que outras e-bikes, com 11 Kg ao todo, e 96 Km de autonomia com uma só carga – a uma velocidade máxima assistida de 32 Km/h. Alguns dos componentes básicos, como pneus e selim por exemplo, são fornecidos por fabricantes terceirizados.

As encomendas são feitas pela plataforma de crowdfunding Indiegogo, e ainda não há data para as primeiras entregas (a previsão é dezembro deste ano). Porém, Vu afirma que a empresa está usando o financiamento coletivo mais como uma “plataforma de lançamento” de marketing do que como uma ferramenta de captação de recursos.

A empresa fabricará 500 bicicletas inicialmente, com a impressão sendo realizada nos EUA e no Vietnã. O CEO espera que os negócios da Superstrata aumentem para “milhares, eventualmente”, mas está profundamente ciente de quão competitiva a indústria de bicicletas pode ser. “Como uma empresa de impressão 3D, podemos fazer isso. Se 437 pessoas odiarem as bicicletas e não conseguirmos chamar a atenção de ninguém, tudo bem. Vamos fazer carrinhos de bebê ou outra coisa. Eu simplesmente amo esse mundo de fabricação aditiva porque você pode fazer esse tipo de coisa”.

Via: Engadget

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital