Andar de bicicleta sem usar as mãos é uma habilidade desejada por muitos. Há quem treine por anos para conseguir realizar esse feito. A partir de agora, entretanto, pode ser possível fazê-lo sem muito esforço — graças à inteligência artificial.
É o que mostra um modelo chinês que se equilibra sozinho, desvia de obstáculos e até responde a comandos de voz simples. No controle do veículo está o chip Tianjic, desenvolvido por um grupo de pesquisadores da Universidade Tsinghua, em Pequim.
Esse processador tem design híbrido: mistura a arquitetura convencional de computação, inspirada em von Neumann, e a neurológica. Assim, é possível executar redes neurais artificiais para detecção de obstáculos, equilíbrio e reconhecimento de voz, em combinação com softwares comuns.
Em um artigo na publicação acadêmica Nature, os cientistas sugerem que a arquitetura combinada pode ser fundamental para o futuro da inteligência artificial. Embora seja um plano ousado, o Tianjic já mostra o diferencial de chips desenhados especificamente para esse algoritmos.
A China tem avançado bastante no desenvolvimento desse tipo de componente. Isso era uma fraqueza da indústria chinesa — que foi muito explorada pelos EUA, especialmente na guerra comercial entre os dois países. A produção de chips altamente tecnológicos continua a ser uma barreira, mas no campo dos itens especializados, a China já se mostra competitiva.