Em razão da predominância de outros aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, a BlackBerry informou na última quinta-feira, 18, que o seu serviço de mensagens, o BBM, será descontinuado no dia 31 de maio. Para substituí-lo, a empresa canadense vai disponibilizar a tecnologia de bate-papo criptografado do BBM Enterprise (BBMe) para todos os consumidores. Inicialmente projetada para comunicação corporativa, a liberação da ferramenta é uma tentativa da fabricante de salvar seus softwares do desaparecimento completo.
A decisão de descontinuar o BBM partiu da empresa Emtek, sediada na Indonésia, que controla, em parceria com a BlackBerry desde 2016, os negócios do aplicativo. A Emtek chegou a ampliar as funcionalidades do serviço de mensagens, enquanto a fabricante manteve o controle sobre o BBMe. Segundo a companhia, “os usuários mudaram para outras plataformas, enquanto novos usuários se mostraram difíceis de acessar”.
Lançado em 2005, o BBMe foi pioneiro no serviço de bate-papo criptografado OTT – em inglês, over-the-top, que refere-se a tecnologias acessadas em redes abertas de Internet. Depois da BlackBerry se recusar a disponibilizar o software para dispositivos móveis de outras marcas, ele tornou-se amplamente imitado, sendo a criptografia do WhatsApp o caso de maior sucesso.
Por conta disso, a BlackBerry já abriu processos contra o Facebook, acusando a empresa de usar suas tecnologias patenteadas no Messenger, no Instagram e no Whatsapp. Em fevereiro deste ano, a fabricante também moveu ação judicial contra o Twitter, também por violação de patentes. Nos documentos da denúncia, a fabricante afirmou que a rede social usa alguns de seus serviços sem autorização ou pagamento de patentes e pede pelo ressarcimento da receita perdida.
De acordo com a empresa, o aplicativo de mensagens criptografadas já está disponível no Google Play e, em breve, chegará para a App Store, da Apple. A BlackBerry, por sua vez, manteve o BBMe para seus clientes corporativos como parte da assinatura “BlackBerry Enterprise Server 12 Suite”. O uso será gratuito pelo primeiro ano e depois por US $ 2,49 a cada seis meses.
Via: The Register
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