Cientistas entraram com uma ação contra a Comissão Federal de Comunicações (FCC) alegando que o órgão não atualizou os limites de radiação de telefones celular e os métodos de medição em mais de duas décadas.

Essas falhas, afirma Devra Davis, uma das autoras do processo, ignoram “estudos científicos respeitados que mostram que a radiação de telefones celular e torres de transmissão está associada a graves efeitos à saúde, incluindo câncer, danos ao DNA, problemas de infertilidade e problemas cerebrais”.

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Em entrevista ao site Law & Crime, Davis indica que a FCC confia em testes de “24 anos projetados quando os telefones eram do tamanho de um sapato e usados por poucos”. “Entramos com esse recurso para insistir que a agência tome medidas completas para os casos em que a radiação dos telefones pode ser prejudicial”, completa.

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O processo acusa especificamente a FCC de violar a Lei de Procedimentos Administrativos e solicita uma apelação do pedido anterior da agência, que solicitava a revisão dos padrões de telefones celulares.

O advogado dos cientistas, Edward Myers, criticou a decisão anterior da FCC: “O pedido da FCC encerrou uma investigação sobre a adequação dos padrões de saúde e segurança existentes para a radiação de radiofrequência de dispositivos, incluindo celulares e torres de transmissão”. “Os regulamentos existentes foram promulgados em 1996, com base em dados científicos de 1992”, informa.

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Davis ainda afirma que novos testes devem ser feitos considerando a maneira que utilizamos os telefones hoje, ou seja, próximos ao corpo. De acordo com ela, médicos do mundo todo recomendam que os aparelhos devem ser deixados longe do abdômen de mulheres grávidas ou crianças.

“A FCC está ignorando a recomendação da maior organização de médicos infantis do país – a Academia Americana de Pediatria”, disse Theodora Scarato, diretora-executiva da Environmental Health Trust. Além disso, ela observou que foi solicitado à FCC que testasse os telefones da maneira de utilização, entretanto, o órgão respondeu que isso era desnecessário.

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Via: Law and Crime