A Austrália ainda enfrenta as dores do massacre ocorrido no país vizinho. Depois de a Nova Zelândia sofrer o ataque nas mesquitas em Christchurch, a internet revelou seu potencial para compartilhar o terror. Os vídeos do atirador abrindo fogo foram enviados em alta velocidade pelo Facebook, pelo Twitter e pelo YouTube — as empresas agora prometem melhorar suas inteligências artificiais para evitar que isso ocorra novamente.
Entretanto, as autoridades continuam em busca de uma resposta. “A discussão mais importante que queríamos ter hoje é sobre como responder mais rapidamente ou, de fato, impedir o livestreaming desse tipo de material”, diz o procurador australiano Christian Porter. Segundo ele, o governo já considera uma pena de prisão para executivos de tecnologia que não conseguem remover o conteúdo terrorista de suas plataformas.
O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, diz que vai agir se as plataformas não estiverem dispostas a instituir imediatamente mudanças para impedir essa prática. As leis propostas podem tornar crime não remover gravações do gênero de forma urgente assim que as companhias souberem de sua circulação. Uma dessas penalidades é a prisão de executivos de tecnologia.
Como foi notado na luta do YouTube para eliminar variações sutis do vídeo original, mecanismos como o hash e o ID de direitos autorais não funcionam para imagens que não foram carregadas anteriormente no sistema. As empresas precisam desenvolver um método de impedir a viralização de alguns conteúdos.
Punir os executivos pode não ser uma decisão funcional, uma vez que o problema está ligado ao conteúdo. Entretanto, é o que se pode fazer diante do que tem acontecido e da incerteza de uma solução efetiva até o momento.
Fonte: Gizmodo