A Atomik – nome dado à primeira vodca produzida com centeio e água da zona de exclusão de Chernobyl – foi produzida por cientistas da Universidade de Portsmouth após três anos de pesquisa e análise de transferência de radioatividade. O professor Jim Smith, responsável pelo projeto, explicou à BBC qual foi o processo de fabricação, incluive para que ela não herdasse nenhum traço de radioatividade. “Nós pegamos o centeio, que estava um pouco contaminado, e água do aquífero de Chernobyl e os destilamos”, disse Smith.
Ele acrescentou que a bebida produzida não é mais radioativa se comparada às demais vodcas existentes, pois quando se passa pelo processo de destilação, as impurezas são retidas nos dejetos.
Segundo Smith, espera-se que 75% dos lucros sejam devolvidos à comunidade local, ajudando a região a se desenvolver economicamente. A The Chernobyl Spirt Company será a responsável por produzir a bebida a partir do grão que cresce perto de Chernobyl.
Apenas uma garrafa do destilado foi produzido até agora, mas Smith espera que mais 500 unidades estejam prontas até o final do ano. O intuito é que elas sejam comercializadas inicialmente aos turistas da zona de exclusão.
Fonte: BBC