Testamos: novo Zenfone impressiona com 8 GB de RAM e três câmeras

Renato Santino07/01/2017 23h58, atualizada em 10/01/2017 20h50

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A nova aposta da Asus para o mercado de celulares é daquelas audaciosas. A empresa revelou o Zenfone AR, que, como indica o nome, tem como diferencial o fato de ser preparado para realidade aumentada. O aparelho é o segundo no mundo a contar com a tecnologia Tango, do Google, embutida, usando câmeras e sensores para mapear com mais eficiência o ambiente.

Para fazer tudo isso funcionar, o celular vem equipado com duas lentes traseiras e mais alguns sensores, que funcionam em conjunto para ganhar noção de profundidade. Todo esse equipamento permite realizar funções que outros celulares não são capazes de fazer com precisão, como medir a distância entre algum objeto e o smartphone.

A ideia é ir muito além, no entanto. O Phab 2, da Lenovo, o primeiro aparelho a contar com a tecnologia Tango, foi apresentado com a promessa de melhorar significativamente aplicações de realidade aumentada, o que inclui o famigerado jogo “Pokémon Go”. Entre as possibilidades estão a de ver como um móvel ficaria na sua casa antes de comprá-lo e descobrir que ele não cabe ou não é exatamente aquilo que você imaginava. Infelizmente, só pudemos experimentar a função de régua do celular, mas as promessas são grandes.

Reprodução

Por dentro, o Zenfone AR traz tudo o que há de mais potente no momento. O modelo é uma versão evoluída do Zenfone 3 Deluxe e, apesar de contar com o mesmo processador, um Snapdragon 821, o novo celular conta também com até 8 gigabytes de memória RAM, que é a maior capacidade do mercado. Já a bateria é de 3.300 miliamperes-hora.

Com todo esse hardware, o Zenfone é um dos poucos aparelhos no mercado mundial a ter compatibilidade com a plataforma Daydream de realidade virtual do Google, criada para otimizar as experiências com visores VR. É importante que mais celulares adotem o padrão para que a plataforma possa crescer e popularizar a realidade virtual.

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Em relação a estética, o celular é consideravelmente diferente dos seus antecessores, já que conta com uma lombada para as duas câmeras na sua traseira. Além disso, a Asus também apostou em uma textura similar a couro na parte de trás, e deixou de lado o vidro e o metal que marcam os últimos aparelhos da linha Zenfone. Particularmente, eu não sou fã de vidro como acabamento de celulares, mas o alumínio do Zenfone 3 Deluxe era ótimo, e é difícil entender o motivo da mudança. Plástico com textura de couro já teve a sua época no mercado, e a tendência passou.

Infelizmente, o aparelho não tem previsão de lançamento no Brasil, de acordo com a própria Asus. Considerando que a versão mais simples do Zenfone 3 Deluxe custa R$ 3.900 no país, a lógica diz que o novo lançamento chegaria consideravelmente caro graças aos recursos extras, tornando o seu valor de mercado inviável.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital