A Motion Picture Association of America (MPAA) informou hoje que o mercado mundial de entretenimento — abrangendo home video e cinema — atingiu um recorde de receita em 2018: US$ 96,8 bilhões, 9% acima em relação a 2017. E o destaque é o crescimento do consumo dos serviços de streaming de vídeo, cujos números de assinaturas já ultrapassam as de TV a cabo em todo o mundo.
Segundo o relatório, os serviços de streaming alcançaram 613 milhões de assinaturas em todo o mundo — um aumento de 27% em relação a 2017. As vendas desse setor nos EUA cresceram 24%, enquanto as vendas digitais internacionais cresceram 34%. A MPAA mostra ainda que as assinaturas nessa modalide ultrapassaram as TV a cabo pela primeira vez — 131,2 milhões de novas assinaturas adicionadas, um salto de 27% sobre os números de 2017. Enquanto isso, a adesão de TV a cabo caiu 2%, para 556 milhões.
A programação de TV ocupa a maior parte do que se chama de visualizações/transações. (o relatório diz que isso inclui “visualizações de serviços de assinatura e transações digitais, bem como visualizações suportadas por anúncios”). Em 2014, havia 71 bilhões de visualizações de TV e 5,4 bilhões de filmes. Em 2018, esses números cresceram para 170,6 bilhões e 11,5 bilhões de visualizações, para TV e filmes, respectivamente — um aumento maciço em apenas quatro anos.
O aumento contínuo do streaming de vídeo não é uma grande surpresa. Empresas como Amazon, CBS, Hulu e Netflix cresceram nos últimos anos para competir com redes de televisão tradicionais. E tudo aponta para que eles cresçam ainda mais — Apple, Disney e NBCUniversal estão prontos para apresentar suas próprias plataformas nos próximos meses. Com esses serviços, haverá ainda mais conteúdo original como um meio para fazer com que as assinaturas de streaming cresçam. Um estudo recente descobriu que, em 2018, a Netflix adicionou mais conteúdo original do que aqueles comprados de outros estúdios. E tanto Apple quanto Disney entram no mercado com seus próprios catálogos de alto nível de programação original.
Cinema
Quando se trata da indústria do cinema, as pessoas estão gastando um pouco mais (US $ 41,1 bilhões) em comparação ao ano passado (US $ 40,5 bilhões). Dentro desse setor, os gastos internacionais caíram ligeiramente, de US$ 29,4 bilhões para US$ 29,2 bilhões. Entretanto, na medida em que os gastos na Europa, Oriente Médio e África diminuíram, os mercados asiáticos cresceram — especialmente na China, que já é o maior mercado de filmes fora dos EUA e do Canadá. A Ásia experimentou um salto de 12% nos lucros. Já o mercado global de filmes 3D caiu 20%.