Assange alega doença e não participa da audiência de extradição

Sua advogada afirmou que ele estava muito doente para participar da audiência que decidiria por sua extradição para os Estados Unidos
Luiz Nogueira30/05/2019 16h44, atualizada em 30/05/2019 18h00

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Os Estados Unidos estão buscando a extradição de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, desde sua prisão na embaixada equatoriana em Londres, no dia 11 de abril. Atualmente, ele enfrenta um total de 18 acusações, e pode pegar décadas de prisão se for condenado.

Segundo a juíza que está cuidando do caso e sua advogada, Assange estava muito doente nesta quinta-feira (30) para realizar uma transmissão de vídeo da prisão onde está detido. Por meio dessa transmissão, seria realizada uma audiência que julgaria o pedido de extradição de Assange para os Estado Unidos.

“Eles está, de fato, longe de estar bem”, disse Gareth Peirce, advogada de Assange, ao Tribunal de Magistrados de Westminster. A juíza Emma Arbuthnot afirmou o mesmo. Por esse motivo, a próxima audiência para tratar do pedido de extradição está marcada para o dia 12 de junho.

No canal WikiLeaks foi dito que existem graves preocupações com a saúde de Assange, e que ele foi transferido para a ala de saúde da prisão de alta segurança de Belmarsh, em Londres, o que mostra que ele está realmente doente.

“Durante as sete semanas em Berlmarsh, sua saúde continuou a se deteriorar e ele perdeu drasticamente o peso”, conta publicação do canal. “A decisão das autoridades penitenciárias de transferi-lo para a enfermaria, fala por si.”

O Ministério de Justiça da Grã-Bretanha disse que não poderia comentar sobre os prisioneiros de forma individual. No entanto, uma fonte do governo disse que, embora Assange esteja na ala de saúde da prisão, ele estava comendo e recebendo a mesma dieta de outros detentos.

Assange, que passou quase sete anos na embaixada equatoriana em Londres, disse repetidamente que teme a extradição para os Estados Unidos. Seus admiradores o consideram um herói por divulgar os dados e defender a liberdade de expressão. Seus detratores o consideram uma figura perigosa e que é cúmplice dos russos na ideia de acabar com a segurança do Ocidente e dos EUA.

No começo do mês, ele foi condenado a 50 semanas de prisão por um tribunal britânico fugir para a embaixada equatoriana. Os Estados Unidos acusam Assange de espionagem, dizendo que ele publicou ilegalmente os nomes de fontes secretas e que, ao publicar suas identidades, colocou em risco a segurança de todos.


Via: Reuters

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital