ARM quer que seus processadores equipem notebooks do futuro

Daniel Junqueira16/08/2018 15h20, atualizada em 16/08/2018 15h45

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Processadores de celulares e computadores são diferentes: enquanto notebooks e desktops usam chips x86, smartphones e tablets costumam contar com semicondutores ARM. Em breve, essa diferença pode deixar de existir.

É o que planeja fazer a ARM, empresa responsável pelo design dos chips usados em dispositivos móveis. Em uma projeção para os próximos anos, a companhia revelou que pretende fazer com que seus chips cheguem até a superar os processadores x86 em desempenho, sendo assim uma alternativa viável para notebooks e desktops.

A grande vantagem dos processadores ARM é o baixo consumo de energia, o que permite, por exemplo, que um celular fique ligado um dia inteiro sem precisar ser conectado ao carregador. Por outro lado, os processadores x86 oferecem melhor desempenho, e acabam sendo mais indicados para uso em notebooks, mesmo que isso comprometa a autonomia da bateria do dispositivo.

A Microsoft imagina um mundo em que os notebooks vão usar processadores ARM. A empresa já tem em prática um projeto para isso, com o lançamento de laptops com chips da Qualcomm e que prometem um dia inteiro de bateria, além de conexão constante com a internet. No entanto, esses dispositivos acabam ficando para trás de outros modelos com chips x86 quando o assunto é desempenho.

Assim, o projeto da ARM pode fazer com que essa diferença deixe de existir. Em uma conferência para a imprensa, a companhia detalhou planos para os próximos anos, que incluem o desenvolvimento de processadores com desempenho superior aos atuais da Intel, de acordo com o site TechCrunch.

Sem entrar em detalhes, a ARM disse que vai lançar a arquitetura Cortex-A76 ainda neste ano, usando processos de fabricação de 10 nanômetros e de 7 nanômetros. No ano que vem, um chip chamado internamente de “Deimos” será lançado usando o processo de 7 nanômetros e, em 2020, a linha “Hercules”, produzida em 7 nanômetros e 5 nanômetros, deve chegar às lojas.

O Cortex-A76 já deve ter desempenho semelhante a um chip Core i5 da Intel, e a expectativa da empresa é que os próximos modelos sejam ainda mais potentes.

Ex-editor(a)

Daniel Junqueira é ex-editor(a) no Olhar Digital