Apple vai contra lei que deixaria mais fácil e barato consertar iPhones

Redação10/03/2017 14h46

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A Apple está fazendo lobby contra uma lei nos Estados Unidos que facilitaria e baratearia o conserto de iPhones. A lei em questão (conhecida pelo apelido de “right to repair” bill) obrigaria fabricantes a fornecer manuais e ferramentas de diagnóstico para ajudar oficinas de reparo independentes a consertar os dispositivos.

Segundo o Buzzfeed, um representante da Apple se reuniu com a senadora Lydia Brasch, do Nebraska, para pedir que ela excluísse smartphones do texto da lei. Se ela não o fizesse, a empresa não apoiaria a legislação. Computadores, notebooks e tablets, bem como outros equipamentos de trabalho, também seriam contemplados pela lei.

Motivos

O motivo citado pela Apple para se opor à lei é segurança: de acordo com a empresa, dar a terceiros acesso sobre o hardware de seus aparelhos poderia comprometer a segurança de seus consumidores, além de expor alguns dos aspectos do design dos dispositivos que são protegidos por leis de propriedade intelectual.

No entanto, cabe notar que o mercado de consertos de smartphones é bastante lucrativo. Segundo o site de análise de mercado IbisWorld, esse setor da economia movimenta cerca de US$ 4 bilhões por ano, valor que vem crescendo rapidamente. E, pelo menos no caso dos iPhones, a Apple detém um monopólio nos Estados Unidos sobre o conserto deles.

E não é só a Apple que está contra leis desse tipo: como o The Next Web aponta, essa lei específica sofre oposição também dos grupos CompTIA, Consumer Technology Association e Information Technology Industry Council. Esses grupos, por sua vez, representam os interesses de empresas como Microsoft, Sony, Google e Nintendo.

Segurança ou conveniência?

Num comunicado enviado ao Buzzfeed, a Apple afirmou que tem 270 lojas em 44 estados dos EUA, além de um total de 1.371 postos autorizados de serviço no país. Eles seriam suficientes para garantir fácil acesso a reparos para qualquer dono de iPhone e, como são autorizados, não exporiam os consumidores a riscos de ter seu aparelho tratado por uma pessoa inexperiente.

Por outro lado, o custo para reparar produtos da Apple é consideravelmente alto, e a empresa parece se empenhar quase propositalmente para tornar seus produtos difíceis de se consertar. Um caso especificamente grave são seus MacBooks, que são quase impossíveis de se consertar em caso de danos.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital