Apesar de ter sido anunciado junto com os outros dois iPhones de 2018, o XR só chegou às lojas no dia 26 de outubro, mais de um mês depois dos outros aparelhos. E, de acordo com o jornal japonês Nikkei, a Apple já pediu para as empresas responsáveis pela montagem do aparelho abandonarem planos para aumentar a capacidade de produção do iPhone XR.
O jornal Nikkei cita fontes anônimas com conhecimento dos planos da Apple. Segundo o jornal, a Apple tinha pedido à Foxconn para separar 60 linhas de montagem para o iPhone XR, mas apenas 45 linhas estão sendo usadas atualmente. Além de não usar toda a capacidade de produção do celular, a Apple também teria ampliado a produção do iPhone 8 e do 8 Plus, lançados no ano passado.
Em um primeiro momento, a notícia dá a entender que a procura pelo iPhone XR não está do jeito que a Apple imaginava, mas a situação pode ser um pouco diferente. Como lembra o site ZDNet, algumas coisas diferentes podem ter acontecido, e é difícil dizer ao certo qual é a situação do XR.
Uma das possibilidades é a de readequação das linhas de montagem. Como a Apple começou a vender o iPhone XR semanas após os outros iPhones, ela pode ter aumentado a produção pré-lançamento para garantir produtos em estoque – no passado, iPhones ficaram semanas esgotados, e esse não é o caso dos modelos atuais. Depois da chegada do XR às lojas, a empresa pediu para a produção dar uma desacelerada – ao mesmo tempo que mantém a estrutura pronta para um possível aumento na demanda pelo iPhone XR.
Já o aumento na busca pelos iPhones do ano passado pode ser bem fácil de se explicar: o iPhone está cada vez mais caro, mesmo fora do Brasil. Enquanto isso, o iPhone 8, que apesar de ter um ano de idade ainda é um aparelho excelente, ficou US$ 100 mais barato. Ou seja, se tornou uma opção ainda mais atrativa para quem busca um novo celular.
Vai ser difícil saber exatamente o que significou essa desaceleração na produção do iPhone XR, mas é provável que não seja nada muito preocupante para a Apple. Para piorar, a empresa disse que não vai mais divulgar número de unidades vendidas de iPhones, apenas a receita obtida com a comercialização dos celulares.