Apple será investigada pelo governo dos EUA por reduzir desempenho de iPhones

Redação30/01/2018 21h59, atualizada em 30/01/2018 22h10

20180111115108

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos e a Comissão de Valores Mobiliários norte-americana (Securities and Exchange Commision, em inglês) abriram investigação contra a Apple. O motivo seria a polêmica em torno da redução da velocidade de modelos antigos de iPhone por causa de desgastes na bateria. O objetivo dos investigadores é saber se a empresa de Cupertino teria enganado investidores ao não se pronunciar abertamente sobre a prática.

De acordo com a publicação da Bloomberg, fontes familiares ao assunto revelaram que o governo norte-americano teria requisitado informações à Apple. Os investigadores estariam em busca de manifestações públicas da Apple sobre a redução proposital da velocidade de iPhones antigos. No entanto, todo o processo estaria em estágio inicial e ainda é muito cedo para saber se as acusações terão prosseguimento.

Em meados de dezembro, postagens em redes sociais e testes de desempenho indicaram que a Apple estava diminuindo o desempenho dos iPhones para compensar o desgaste de bateria. Dias depois, a empresa confirmou a prática e alegou que introduziu a limitação no sistema para evitar desligamentos automáticos. No entanto, consumidores não gostaram nada da justificativa, que só foi dada após a explosão do escândalo, e entraram com processos coletivos contra a fabricante.

A reação negativa dos clientes fez com que a Apple pedisse desculpas publicamente e oferecesse trocas de bateria mais baratas para resolver o problema de desempenho nos iPhones. Além disso, a empresa confirmou que o iOS 11.3, atualmente em fase de teses, vai permitir que os usuários escolham entre cortar desempenho para poupar a bateria ou não. No entanto, tudo indica que a fabricante agora vai ter que se explicar para o governo e investidores.

Procuradas pelo site norte-americano, a Apple e os órgãos governamentais dos Estados Unidos se recusaram a comentar o caso. No entanto, a notícia teve impacto nas ações da companhia de Tim Cook, que caíam cerca de 1% às 17h, horário de Brasília, desta terça-feira, 30. Os últimos dias, inclusive, têm sido tensos entre os investidores devido às notícias de baixa demanda do iPhone X, principal modelo lançado em 2017.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital