Como já era esperado, a Apple revelou nesta quarta seus novos modelos de iPhone: o iPhone XS e seu versão maior, o XS Max. As vendas começam nos EUA e em alguns países no dia 21 de setembro, com o iPhone XS partindo de 1.000 dólares e o XS Max começando em 1.100 dólares. O Brasil não está incluído nem mesmo na segunda leva de aparelhos, já programada para 28 de setembro.

É o maior preço inicial já registrado de um smartphone da Apple, mas isso não deve impedir os modelos de aumentarem a contagem de 2 bilhões de dispositivos com iOS vendidos no mundo todo até hoje.

Os dois modelos têm resistência à água e poeira com certificação IP68 e estarão disponíveis em três cores: space gray (cinza escuro), cinza e dourado. O modelo menor têm tela OLED de 5,8 polegadas, enquanto o maior usa a mesma tecnologia, mas tem 6,5 polegadas. Ambos têm resolução de 2.436 x 1.125 pixels, suporte a HDR e taxa de atualização de 120 Hz, como um monitor gamer.

Sobre o design, os modelos têm os tamanhos já previstos nos vazamentos das últimas semanas e mantém o visual do atual iPhone X. Ou seja, a tela ocupa quase toda a frente, com exceção de bordas mínimas e de um entalhe no alto, que carrega os sensores de reconhecimento facial (Face ID). Nada de botão Home e leitor de digitais. Os modelos também são os dois primeiros iPhones com som estéreo.

Comparação de tamanho do iPhone XS Max com o iPhone 8 Plus (Foto: Reprodução)

Por dentro dos iPhones

Apesar das diferenças externas, os dois modelos têm um novo processador A12 Bionic, feito já com o processo de fabricação de 7 nanômetros e usando 6,9 bilhões de transistores.

A Apple garante que a CPU é até 15% mais rápida e 40% mais eficiente do que a do atual A11 Bionic usado no iPhone X, o que deve garantir fluidez em aplicações pesadas lançadas no futuro. São seis núcleos de processamento computacional e mais quatro de GPU, para gráficos.

O chip conta com uma engine neural capaz de processar até 5 trilhões de operações por segundo e dá suporte a até 512 GB de capacidade de armazenamento.

Em termos de câmeras, atrás, os modelos têm duas lentes com sensores de 12 megapixels, uma telefoto com zoom óptico de 2x e outra grande-angular, que captura uma porção maior de uma cena, com abertura f/1.8. O par conta com estabilização ótica de imagem (OIS) e é capaz de capturar vídeos em 4K com som estéreo. Já na frente, a lente tem sensor de 7 megapixels com abertura f/2.2.

A Apple melhorou o sistema de retratos do conjunto, aprimorando por software o efeito bokeh (desfoque no segundo plano). É possível, inclusive, alterar a profundidade de campo depois que a foto é capturada no app de galeria dos novos iPhones.

Os dois modelos têm bateria com 30 minutos a mais de duração do que a do iPhone X e, como esperado, suporte a dois chips de operadora (dual-SIM). Mas calma, com diferenças: na China, o suporte será a dois chips físicos; em outros países (ainda não especificados), será a um chip físico e a um eSIM, uma tecnologia que nem todas as operadoras ainda oferecem.

Os dois modelos terão versões com 64, 256 e 512 GB, começando em 999 dólares para o iPhone XS e em 1.099 dólares para o XS Max.

Software

Os aparelhos já virão de fábrica com o iOS 12, que traz algumas boas mudanças em relação à versão anterior do SO. Abordamos a maior parte delas durante o anúncio, na WWDC. Confira aqui. O sistema chega a todos os outros aparelhos dia 17 de setembro.

A Apple aprimorou o suporte a realidade aumentada dos iPhones com ajuda do software melhorado do ARKit 2. Há, inclusive, um app de basquete que se aproveita das novas funcionalidades, o HomeCourt, e uma versão “renovada” do clássico jogo de naves, “Galaga AR”.