Em 2007, o fundador e então presidente da Apple, Steve Jobs, demonstrou toda a sua aversão à proposta de uma caneta stylus para a navegação de um dispositivo móvel. Quatro anos após sua morte, a empresa lançou sua própria caneta, a Apple Pencil, que acompanha o iPad Pro

Muitos fãs questionaram o motivo pelo qual a companhia contrariou um dos princípios de seu fundador. Em uma entrevista à revista americana Wallpaper, Jony Ive, chefe de design da Apple e amigo de longa data de Steve Jobs, esclareceu as origens da Apple Pencil.

“Nós descobrimos que existe, claramente, um grupo de pessoas que valorizariam um instrumento que as permitissem pintar ou desenhar de maneiras que você não poderia fazer com os dedos. E acredito que este não seja um grupo pequeno de pessoas”, afirmou o designer.

A principal crítica de Jobs às canetas stylus era de que uma tela touchscreen com sistema de toques múltiplos poderia trazer uma navegação muito mais prática e orgânica ao iPhone em comparação com outros smartphones da época. De acordo com Ive, a Apple não abandonou esse princípio, e a caneta do iPad Pro não foi pensada para ser usada na navegação do iOS.

“Era fundamentalmente importante que não desenvolvêssemos uma interface de usuário que exige um outro instrumento. Era importante criar uma interface baseada em touchscreen, baseada nos nossos dedos”, continuou Ive.

A Apple Pencil é um acessório opcional e é vendido separadamente do iPad Pro. No Brasil, o produto custará R$ 750, enquanto o novo tablet da empresa deve chegar ainda este ano às lojas nacionais a partir de R$ 7,3 mil.