A Apple se pronunciou sobre a alegação, feita pelo WikiLeaks nesta quinta-feira, 23, de que a CIA vinha explorando brechas em seus produtos para espionar as pessoas. Como era de se esperar, dadas as datas das falhas reportadas pelo WikiLeaks, a Apple garante que não há qualquer risco para seus clientes.
“Analisamos preliminarmente as descobertas do WikiLeaks desta manhã”, afirma a Apple. “Com base na nossa análise inicial, a suposta vulnerabilidade do iPhone afetou apenas o iPhone 3G e foi corrigida em 2009 quando o iPhone 3GS foi lançado. Além disso, nossa avaliação preliminar mostra que as supostas vulnerabilidades do Mac foram corrigidas em todos os Macs lançados depois de 2013.”
Faz alguns dias que o WikiLeaks vem tentando movimentar o noticiário com vazamentos sobre espionagem governamental dos Estados Unidos, mas, apesar do barulho, as empresas envolvidas têm se pronunciado de maneira tranquila. No começo deste mês, a própria Apple já tinha vindo a público para dizer que vários problemas reportados pelo grupo são velhos e, portanto, nem existem mais.
Outras empresas citadas, como Microsoft, Google e Samsung, foram mais comedidas, limitando-se a dizer que estavam cientes dos vazamentos protagonizados pelo WikiLeaks e investigavam a situação.
Pouco depois de começar essa onda de divulgações, o WikiLeaks se propôs a trabalhar junto às companhias de tecnologia, fornecendo informação adiantada para ajudá-las a corrigir as brechas supostamente usadas para espionagem. A Apple aproveitou o último anúncio do grupo para tocar nesse assunto:
“Não negociamos com o WikiLeaks por qualquer informação. Nós os instruímos a submeter qualquer informação que desejarem através do nosso processo normal sob nossos termos. Até agora, não recebemos qualquer informação deles que não seja de domínio público. Somos defensores incansáveis da segurança e privacidade dos nossos usuários, mas não perdoamos roubo ou operamos com aqueles que ameaçam ferir nossos usuários.”