Apple destrói todos os componentes de iPhones descartados para evitar clones

Renato Santino17/02/2016 19h18, atualizada em 17/02/2016 19h20

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O que acontece com os componentes de um iPhone depois que ele passa do “prazo de validade”? Você pode imaginar que talvez a Apple tenha um protocolo de reaproveitamento de componentes usados. Você estaria errado. A empresa destrói absolutamente tudo e não reaproveita nada.

Lisa Jackson, responsável na Apple por lidar com questões ambientais, assume o problema, mas prevê uma solução em breve, com a empresa trabalhando para começar a reutilizar componentes antigos no futuro.

Segundo uma matéria da Bloomberg, a prática adotada pela Apple e seus parceiros de “reciclagem” é a de destruir tudo, mesmo. A ideia é que não sobre nenhum componente antigo, porque eles poderiam ser utilizados para montar cópias falsificadas do iPhone.

A matéria contatou alguns dos parceiros de reciclagem da Apple, que revelaram que outras empresas não adotam as práticas similares. Por exemplo: módulos de câmeras de smartphones velhos podem ser usados em drones, por exemplo, e telas de tablets Surface, da Microsoft podem ser convertidos em painéis em táxis.

Esta é uma nova necessidade para a Apple. A empresa produz uma quantidade imensa de iPhones e também vende uma quantidade enorme de aparelhos, o que significa que significa que todo ano há gente descartando seu iPhone velho em troca de um novo. A empresa até tem um programa de revenda de aparelhos usados, mas todos os aparelhos um dia chegam ao fim de sua vida útil, e é aí que a coisa fica mais complicada.

O negócio de reciclagem funciona em um ciclo de sete anos. Em 2009, ano do iPhone 3GS, a Apple vendeu 9 milhões de unidades do celular, então a expectativa é que este volume esteja destruído até o fim deste no. Em 2015, no entanto, foram cerca de 215 milhões de iPhones vendidos, o que multiplicará violentamente a quantidade de lixo com a qual a Apple terá que lidar em 2022. Em 2014, já foram coletados mais de 40 mil toneladas de lixo eletrônico.

Via Bloomberg

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital