O caos de 2020 mexeu com a vida de todos, e com empresas não foi diferente. A Apple, que anualmente realizava em setembro sua tradicional apresentação dos novos iPhones, foi obrigada a mover a data para outubro, fazendo com que em vez de um evento da empresa no segundo semestre, tivéssemos dois, contando com o que acontece na terça-feira (13).

Com dois eventos espaçados em um mês, alguns dos lançamentos da Apple previstas para a segunda metade do ano já foram revelados. A companhia já dedicou sua primeira data a tirar do caminho os anúncios de iPad e do Apple Watch.

Com isso, há menos produtos esperados para este ano que ainda faltam ser anunciados pela empresa. Vamos a eles:

Novos iPhones

Essa é a aposta óbvia. Se setembro pegou uma parte da indústria de surpresa sem o lançamento de um iPhone, apesar dos rumores dos atrasos nas linhas de produção da Apple, todas as informações do momento confirmam que o celular será mostrado na terça-feira (13).

E não será só um aparelho. A empresa tem seguido um caminho diferente do que Steve Jobs defendia, de simplificar sua linha de produtos o máximo possível. No lugar, a Apple deve apresentar quatro iPhones novos, pulando a geração 11S, como a companhia fez por tantos anos, e indo direto para a geração 12. O que Steve Jobs acharia interessante, no entanto, é a inspiração no iPhone 4, com cantos retos e metálicos e traseira envidraçada.

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A expectativa é que o iPhone 11 ganhe duas evoluções, sendo que uma delas terá uma tela de 5,4 polegadas (o modelo tem sido chamado de iPhone 12 Mini) e a outra terá um display de 6,1 polegadas. Enquanto isso, a Apple manterá a linha Pro com dois aparelhos, sendo o menor deles com 6,1 polegadas e o maior com 6,7.

Os aparelhos serão os primeiros da Apple a sair de fábrica com suporte às redes 5G. Todos os dispositivos contam tanto com suporte às ondas milimétricas, que alcançam o máximo desempenho da tecnologia, quanto às frequências sub-6 GHz, que têm maior alcance e deve proporcionar melhor cobertura.

Todos os quatro aparelhos utilizarão o mesmo processador Apple A14, utilizando um novo processo de apenas 5 nanômetros, que promete garantir não só um ganho de desempenho, mas também um uso mais eficiente da energia, reduzindo o consumo de bateria. Os ganhos de desempenho elevam a capacidade dos novos iPhones ao patamar de um MacBook, informa a Apple.

Por fim, as duas famílias também divergirão em número de câmeras. Os aparelhos “Pro” contam com três lentes na traseira, enquanto os outros contarão com apenas duas, mantendo o padrão do ano passado. A diferença é que neste ano os dois modelos superiores contam também com um novo sensor Lidar, que é um radar que faz uso de lasers e deve permitir mais capacidade de reconhecimento do ambiente e de profundidade ao aparelho.

Existem algumas previsões de preço, também. O iPhone 12/Mini deve ser vendido nos Estados Unidos pelo preço inicial de US$ 650, enquanto o iPhone 12/Max deve custar a partir de US$ 750. Completando o line-up está o iPhone 12 Pro, cujo preço deve começar em US$ 1.000, e o iPhone 12 Pro Max, por US$ 1.100.

Novo Mac com processador ARM

A Apple está “devendo” a apresentação de novos Macs desde a WWDC. A família de produtos se tornou especialmente interessante porque a empresa confirmou uma mudança drástica nos aparelhos, que deixarão de contar com processadores Intel para migrar para chips da própria Apple com uma nova arquitetura, usando ARM, bastante popular entre celulares, em vez do x86.

Então o evento desta terça-feira é a oportunidade perfeita para colocar no mercado os primeiros Macs com esse novo chipset. A empresa já confirmou que este ano devem sair as primeiras máquinas desta transição tecnológica, então o evento é o momento ideal para isso.

AirPod Studio

Os AirPods se tornaram um dos produtos de maior sucesso da Apple desde seu lançamento, e a empresa parece estar se preparando para expandir o formato. É aí que entra o Studio, um novo fone “over-ear” feitos para cobrir toda a orelha em vez de apenas ser plugado no canal auditivo.

Os fones devem contar com cancelamento de ruído ativo e sensores que o permitem reconhecer quando está colocado sobre os ouvidos ou quando está pendurado no pescoço do usuário para interromper ou continuar a reprodução. Os fones também devem ser diferentes dos fones da Beats, que pertence à própria Apple, e tem vários modelos over-ear.

Um HomePod menor?

A Apple vê Google e Amazon decolarem com suas caixas de som conectadas equipadas com Google Assistente e Alexa, enquanto o HomePod não consegue fazer o mesmo sucesso, por dois motivos: a Siri não é tão capaz quanto as outras assistentes e o preço é mais alto do que o dos concorrentes. Especula-se que a Apple possa fazer alguma coisa sobre o segundo ponto, oferecendo um HomePod mais acessível, ao estilo Echo Dot e Nest Mini, que teria também menos qualidade de som, mas pelo menos reduziria a barreira para entrar neste ecossistema.