Apple apresenta M1, seu primeiro processador ARM para Macs

Tecnologia permite melhor integração com iPhones e iPads com economia de energia e bom desempenho, promete a empresa
Renato Santino10/11/2020 18h36, atualizada em 10/11/2020 18h40

20201110033747

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

A Apple revelou nesta terça-feira (10) o processador M1, o primeiro da empresa dedicado a linha de computadores Mac com a arquitetura ARM, substituindo os processadores da Intel, com tecnologia x86.

O M1 é um system-on-chip, reunindo vários componentes que normalmente seriam espalhados pela placa-mãe. A peça inclui a CPU, a placa gráfica, memória e o Neural Engine, dedicado a inteligência artificial. Tudo isso utilizando um processo de 5 nanômetros; são poucos os chips que chegaram a esse patamar, que proporciona mais desempenho e economia de energia.

O M1 é apenas o primeiro chip com a tecnologia Apple Silicon, e a empresa promete outros modelos que devem ser aplicados a diferentes produtos. O componente conta com 8 núcleos de processamento, sendo quatro deles, descritos pela Apple como os núcleos de CPU mais rápidos do mundo, dedicados a tarefas que exigem alto desempenho e quatro mais econômicos, que são usados para ações menos exigentes, evitando desperdício de bateria.

A Apple também apresentou gráficos (sem referências numéricas para escala) que mostram como o M1 é capaz de alcançar um desempenho superior em CPU em comparação com o “mais novo chip para laptops”, sem especificar qual o modelo de a empresa está falando.

Reprodução

Em termos gráficos, a empresa também destaca que o M1 tem uma GPU com até 8 núcleos, que, segundo a Apple, é superior em desempenho gráfico a qualquer outra placa integrada. Também há 16 núcleos para o Neural Engine. O M1, segundo a Apple, permite que um Mac seja ligado imediatamente do modo de repouso.

A companhia diz que todos os seus aplicativos já estão otimizados para rodar no M1, até mesmo os mais exigentes, como o Final Cut Pro, que roda até seis vezes mais rápido. Além disso, apps nativos para o Apple Silicon de outros desenvolvedores estão a caminho, como o Lightroom e o Photoshop, ambos da Adobe.

Reprodução

Enquanto o ecossistema do Mac ainda não estiver totalmente otimizado para a nova arquitetura, a Apple oferece o Rosetta 2, um software “tradutor” que permitirá que os apps desenvolvidos para os antigos processadores x86 continuem funcionando com os novos chips da empresa.

Outra parte importante do M1 é que, por usar a mesma arquitetura dos processadores do iPhone e do iPad, a integração com aplicativos do iOS ficou muito mais fácil. Os apps rodarão nativamente no novo processador, incluindo os jogos.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital