A Apple revelou nesta segunda-feira, 3, o iOS 13, a nova versão de seu sistema operacional para celulares. A plataforma que será a base principal dos próximos iPhones ao longo do próximo ano trouxe algumas funções interessantes.

A Apple decidiu abrir a apresentação sobre o sistema falando sobre desempenho. Entre os destaques estão o Face ID, a ferramenta reconhecimento facial que se tornou o meio de autenticação biométrica desde o lançamento do iPhone X. O sistema ficou 30% mais rápido em comparação com o iOS 12. Da mesma forma, a empresa mudou a forma como “empacote” os aplicativos na App Store, permitindo que o download de novos aplicativos fique 50% menor e as atualizações sejam 60% menores, consumindo menos dados ao baixar alguma coisa. Isso também permitiu que a abertura de aplicativos ficasse até 2 vezes mais rápida, segundo a Apple.

Esteticamente, a empresa finalmente introduziu um modo escuro, como já era especulado. O recurso traz vantagens claras para quem tem telas OLED (como o iPhone X e o iPhone XS), trazendo economia de bateria mantendo os pixels pretos completamente apagados. Também torna o sistema mais confortável de se usar à noite. Os apps se ajustam à configuração do sistema, então se você definir o modo escuro no iOS, os aplicativos também acompanharão, desde que os desenvolvedores tenham feito as devidas adaptações.

Aplicativos melhorados

O Apple Music se tornou uma parte importante da estratégia da Apple, e a empresa anunciou uma novidade importante para o app. Agora o sistema será capaz de exibir as letras sincronizadas das músicas reproduzidas na plataforma.

O Maps, que já foi motivo de chacota, está aos poucos melhorando. A Apple revelou uma nova interface mais limpa e elegante, que deve ser lançada nos Estados Unidos até o final deste ano, com previsão de expansão para outros países a partir de 2020. O app também ganhou um novo modo de vista da rua, similar ao Street View do concorrente Google Maps.

Já o Messages, o aplicativo padrão de SMS e mensagens do iOS ganhou uma função que permite compartilhar sua foto e nome real ao mandar uma mensagem para alguma pessoa que ainda não tenha seu número nos contatos.

Enquanto isso, o Memoji, os emojis animados da Apple representando um avatar visual do usuário, também foram melhorados. Agora é possível personalizá-los com acessórios (até mesmo um AirPod!) e maquiagem. A Apple também incluiu a possibilidade de criar stickers do seu Memoji, que podem ser enviados por qualquer aplicativo de mensagem.

Privacidade

A Apple tem batido nesta tecla como uma forma de se diferenciar do Google e do Android, que ganham dinheiro pela coleta de dados de usuários. Reforçando esta aposta, a empresa anunciou uma nova ferramenta que limita a coleta de localização dos usuários.

Com isso, é possível dar permissão para que um app acesse sua posição apenas UMA VEZ, porque existem situações em que essa função é muito útil. Da próxima vez que precisar, o app terá que solicitar novamente sua localização.

A Apple também decidiu responder ao Google e ao Facebook criando seu próprio sistema de login, que permite usar sua conta da Apple para se cadastrar em aplicativos, oferecendo ao usuário mais controle sobre as informações que ele compartilha ao se cadastrar. Entre as vantagens está a possibilidade de gerar um email aleatório que será usado apenas para aquele serviço. Este endereço será vinculado ao seu endereço de email real, permitindo que você receba emails normalmente, mas é facilmente cancelável se você perceber que aquela empresa está usando a informação de forma indevida.