Andamos num ônibus que dirige sozinho; confira

Redação06/01/2017 23h09

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Uma das principais atrações da feira de tecnologia CES, os veículos autônomos apresentam ano a ano evoluções tecnológicas significativas, embora ainda existam muitos desafios para colocá-los definitvamente nas ruas. Alguns projetos estão mais avançados e já estão em funcionamento. Nós conhecemos de perto um desses aqui em Las Vegas, nos EUA.

Lançado em outubro de 2015 pela empresa francesa Navya, o Arma é um ônibus 100% autônomo e elétrico que está em operação em 30 países, entre eles França, EUA, Suíça e Austrália. Com capacidade para 15 passageiros (todos devem permancer sentados durante o trajeto), o veículo alcança até 45 km/h e demonstra o mais alto nível de autonomia possível.

Com ar de desconfiança, nós embarcamos no ônibus que está em exposição na CES. Por dentro, ele se parece com um veículo convencional – sem a presença do motorista, claro. Previamente programado pelos funcionários da empresa, o Arma percorreu, sem interferência humana, um trajeto de cerca de 5 minutos a uma velocidade de 20km/h, incluindo uma curva. Tudo correu bem, como se o carro estivesse sendo guiado por um profissional capacitado.

Reprodução

Como funciona?

O veículo não pode trafegar em qualquer rua. Antes, é necessário definir o perímetro e percorrer a rota escolhida previamente. Durante o trajeto, os sensores posicionados nas partes frontal e traseira do ônibus coletam os dados e criam a rota a ser seguida. Para mudar a direção, é preciso refazer todo o processo.

O Arma é desenvolvido sob três pilares essenciais: percepção, decisão e navegação. O casamento entre esses comportamentos permite ao carro compreender o ambiente no qual ele está localizado, detectar os obstáculos e considerar possíveis deslocamentos para determinar com precisão o itinerário definido.

E há um grande esforço de tecnologia empreendido. O ônibus é composto por sensores 3D que mapeiam o ambiente, determinam o posicionamento e visualizam eventuais objetos, tem acesso a GPS, odômetro para estimar a velocidade e confirmar a posição nas ruas, e câmeras capazes de detectar o ambiente e identificar obstáculos.

Preço e aplicações

O Navya Arma é vendido por a partir de 235 mil euros, cerca de R$ 800 mil. A empresa que adquire o veículo tem direito a utilizá-lo por quatro anos, o que atenua o valor com a diluição do investimento. Sem contar a economia com os custos de contratação do motorista, que passa a ser dispensável, e com o combustível, já que o veículo é elétrico.

Mas quem poderia se interessar por um veículo que percorre sempre o mesmo caminho? Segundo a fabricante, o ônibus é indicado para aeroportos, hotéis, hospitais e áreas urbanas e industriais onde haja necessidade de transporte contínuo com a rota já definida.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital

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