Os dispositivos inteligentes de assistência pessoal se envolvem cada vez mais no cotidiano das pessoas. Um deles, a Alexa, da Amazon, é o mais novo exemplo dessa expansão: ele agora pode formular relatórios especializados sobre saúde. A função é uma parceria entre o Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês) do Reino Unido e a Amazon, e já está disponível para usuários do aparelho a partir desta semana, anunciou o governo britânico.
Isso não significa que a Alexa será capaz, sozinha, de diagnosticar um estado de saúde de uma pessoa ou alertar uma emergência médica – você ainda terá que ir ao hospital mais próximo. Mas, com a nova capacidade, o usuário pode solicitar que o dispositivo pesquise no site oficial do NHS sobre saúde e orientação médica.
A partir dessa análise, o assistente pessoal vai oferecer conselhos médicos certificados pelo órgão federal. Isso quer dizer que a busca é bem mais confiável do que simplesmente procurar por sintomas na Internet.
De acordo com o comunicado do NHS, o algoritmo da Alexa será capaz de responder a perguntas médicas como “como faço para tratar uma enxaqueca?”, “quais são os sintomas da catapora?” ou “quais são os sintomas da gripe?”. Anteriormente, o dispositivo fornecia informações de saúde com base em várias respostas populares.
O governo do Reino Unido diz que o avanço tecnológico pode reduzir a demanda no NHS. Para o sistema de saúde britânico, a busca por comando de voz para obter informação verificada sobre saúde é benéfica especialmente para pacientes mais vulneráveis, como idosos e deficientes visuais, que podem ter dificuldade para acessar a Internet por um meio tradicional.
O Secretário da Saúde da Inglaterra, Matt Hancock, disse que entre os objetivos do projeto estão incentivar o cidadão a ter um maior controle sobre seus cuidados de saúde e reduzir a “pressão sobre os médicos e farmacêuticos”.”Queremos adotar os avanços em tecnologia para construir um sistema de saúde e cuidados que seja adequado para o futuro”, afirmou Hancock
A parceria foi anunciada pela primeira vez no ano passado e agora o governo britânico negocia com outras empresas, incluindo a Microsoft, para criar acordos semelhantes, disse a BBC News. Segundo o NHS, espera-se que em 2020 metade de todas as pesquisas sejam feitas por meio de tecnologia de comando de voz.
Por outro lado, entidades civis que defendem a privacidade do cidadão levantaram preocupação sobre a proteção de dados e questionaram como o governo e a Amazon vão lidar com as informações obtidas pela Alexa. Segundo a multinacional de comércio online, todos os dados serão criptografados e mantidos em sigilo.
Via: BBC News