Autoridades responsáveis por proteger a concorrência de empresas na Alemanha abriram uma investigação contra a Amazon por supostamente influenciar preços durante a pandemia.

Bundeskartellamt, órgão regulador antitruste da Alemanha, não está somente focado na possível manipulação dos preços, mas também se a Amazon usou de seu poder e alcance para influenciar vendedores a anunciarem produtos com valor menor. 

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“A Amazon não deve ser uma controladora de preços”, disse o presidente do Bundeskartellamt, Andreas Mundt. Segundo ele, a investigação começou em abril após o órgão receber reclamações de lojistas de que a Amazon havia os bloqueado por preços altos.

“No momento, estamos investigando se e como a Amazon influencia a maneira como os comerciantes definem os preços no mercado”, afirmou o chefe antitruste.

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De fato, a Amazon tem trabalho para conter os altos preços estipulados por vendedores que querem lucrar com a pandemia. Um exemplo disso é o caso dos irmãos americanos Matt e Noah Colvin, que compraram 17 mil frascos de desinfetante para as mãos em março e tentaram vender na Amazon por preços inflacionados. Logo, a varejista os surpreendeu e retirou seus itens do site. Além disso, a empresa afirmou que muitos perderiam contas se fizessem o mesmo.

logistics-748152_1280.jpgA Alemanhã tem o segundo maior mercado da Amazon, perdendo apenas para os Estados Unidos. Créditos: Pixabay

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Amazon em crise na Alemanha 

Neste caso em específico dos lojistas alemães, a Amazon informou que suas políticas garantem que os parceiros estabeleçam preços competitivos e não inflacionados e que seus sistemas são projetados para agir contra a manipulação dos valores.

No entanto, este é só o mais recente problema de uma série de crises que a empresa enfrenta na Alemanha, seu segundo maior mercado, perdendo apenas para os Estados Unidos.

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Em junho, trabalhadores de um armazém entraram em greve depois que pelo menos 40 funcionários se contaminaram com o coronavírus. As paralisações ocorreram em seis armazéns da empresa em todo o país, durante dois dias. Segundo o sindicato que representa os trabalhadores, a Amazon estaria colocando a vida se seus funcionários em risco.

Em resposta, um porta-voz da Amazon informou que eles acreditam que seus associados não estão espalhando vírus no trabalho, pois eles possuem medidas robustas de segurança e ainda informaram que ‘os funcionários recebem uma mensagem direta dizendo quando alguém com diagnóstico confirmado esteve no prédio pela última vez”.

 

Fonte: Engadget