Ainda vale a pena comprar o iPhone 6S? Analise a ficha técnica do smartphone

Redação28/02/2018 18h26, atualizada em 28/02/2018 23h00

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O iPhone 6S é atualmente um dos modelos de entrada da Apple no Brasil, com preço oficial a partir de R$ 2.500. No entanto, é possível encontrar o aparelho por valores bem abaixo em buscadores de ofertas e de segunda mão. A dúvida que fica na cabeça dos consumidores é: será que ainda vale a pena comprar um iPhone lançado em 2015 agora em 2018?

Equipado com câmera única de 12 megapixels, o aparelho é o primeiro a trazer uma tela com 3D Touch e o último modelo a vir com a entrada de fone de ouvido. Além disso, há um processador Apple A9 e 2 GB de memória RAM. Confira nesta análise do Olhar Digital se o iPhone 6S ainda é uma boa opção.

Design

O iPhone 6S segue um padrão visual clássico da Apple: botão home físico e tela com enormes margens superiores e inferiores. No momento, isso não tende a ser um grande problema, uma vez que o iPhone 8 e 8 Plus chegaram em 2017 com as mesmas características. Mas, conforme a empresa avance no seu plano de adotar grandes displays e controles gestuais, é possível que aplicativos e que futuras versões do iOS não sejam tão adaptados a esse padrão.

ReproduçãoDisponível nas cores cinza, prata, dourado e ouro rosé, o telefone da Apple traz uma espessura de 7,1 milímetros e peso de 143 gramas. Por fim, não há proteção contra água e poeira como do iPhone 7 em diante. Ou seja, é melhor manter o seu telefone longe das piscinas ou de ambientes muito úmidos.

Tela

O iPhone 6S possui uma tela IPS LCD de 4,7 polegadas com resolução de 1334 x 750 pixels e densidade de 326 ppi. Ou seja, o telefone está longe de ter as mesmas qualidades de cores e pretos realísticos do iPhone X. Por outro lado, as características do display são bastante similares ao do iPhone 8, exceto pelo sistema de correção de tonalidades da Apple.

Em resumo, o iPhone 6S tende a entregar uma boa experiência de imagens, apesar de não ter o de mais avançado no mercado. Uma vantagem do modelo em relação aos seus antecessores é a presença do 3D Touch, função que permite acessar certos menus do aplicativo direto da área de trabalho e também a ter prévias de conteúdos com a força do toque.

Câmera

O iPhone 6S chega com uma câmera traseira de 12 megapixels com flash LED duplo e foco de detecção de fases. O sensor traz ainda uma abertura de f/2.2, que é considerada baixa para os padrões atuais e tende a prejudicar o desempenho do aparelho em fotos noturnas. Fora isso, ele consegue gravar em 4K (2160p), Full HD (1080p) a 120 fps e HD (720p) a 240 fps tal qual os aparelhos atuais.

Como o iPhone 6S traz apenas uma câmera traseira, o modelo não terá acesso a diversas funções que se popularizaram nos últimos anos. A primeira ausência é o modo retrato comum e de iluminação, que desfocam o fundo para destacar a pessoa ou aplicam efeitos de luzes profissionais ao rosto, respectivamente. Outra limitação é a ausência de um zoom óptico, que tende a prejudicar as imagens e vídeos que demandam aproximação.

ReproduçãoJá a câmera frontal de 5 megapixels sofre do mesmo problema de defasagem. A começar pela resolução, que é relativamente inferior aos 7 MP presentes nos telefones mais novos. O mesmo pode se dizer da abertura de f/2.2, que prejudicará os selfies noturnos. Por fim, nada de Animoji ou modo retrato.

Especificações

O iPhone 6S foi lançado com um processador de 64 bits Apple A9 dual-core de 1,84 GHz, 2 GB de RAM e 16, 32, 64 ou 128 GB de armazenamento interno. Recentemente, a Apple cortou as versões de 16 GB e 64 GB da sua linha, que podem ser encontrados apenas de segunda mão ou em lojas de terceiros. Há ainda conectividade Bluetooth, Wi-Fi, 4G e NFC (apenas Apple Pay).

Com esse conjunto, o iPhone 6S ainda deve dar conta da maioria das tarefas, especialmente navegação em aplicativos e jogos mais básicos graças à otimização do iOS. No entanto, não espere que o telefone consiga rodar games de realidade aumentada com a mesma facilidade que o iPhone 8 ou X. Até porque a diferença entre ambos é bem grande: o modelo mais novo tem um processador com seis núcleos, chip gráfico mais poderoso e 3 GB de RAM.

Partindo para o sistema operacional, a Apple lançou o iPhone 6S com o iOS 9 e já atualizou o dispositivo para a atual versão 11. Como é tradição da empresa, é provável que o telefone receba mais uma ou duas versões do sistema até ser descontinuado. Entretanto, a possibilidade de esses updates trazerem novas funções para o dispositivo são remotas.

No quesito bateria, o telefone da Apple possui um componente de 1715 mAh na versão 6S e de 2750 mAh no 6S Plus. Trata-se de um componente bem menor do que os 1821 mAh do iPhone 8, o que também tende a significar uma menor autonomia. No entanto, o ponto que realmente precisa de atenção é: ao comprar um telefone de segunda mão, confira se este não está sofrendo redução de desempenho e demanda substituição da bateria.

Conclusão

Comprar um aparelho da Apple já era algo para poucos no Brasil, mas a geração do iPhone 8 e iPhone X superou todos os patamares de preço. Diante disso, os brasileiros que ainda permanecem fiéis à Apple optam por comprar um telefone mais antigo. Nesse caso, o iPhone 6S pode ser uma boa escolha, desde que observado alguns pontos importantes.

ReproduçãoSe você não pretende usar realidade aumentada em excesso e busca funções básicas com o celular, o telefone da Apple entregará desempenho suficiente. O mesmo pode se dizer da câmera, que oferecerá uma experiência aquém dos dispositivos atuais em ambientes noturnos. Por fim, não compre o aparelho por preços acima dos praticados no site da Apple: R$ 2.499 pelo iPhone 6S de 32 GB, R$ 2.999 pelo 6S de 128 GB, R$ 2.999 pelo iPhone 6S Plus de 32 GB e R$ 3.499 pelo 6s Plus de 128 GB.

Agora, você não fizer muita questão do iOS ou do iPhone, considere procurar alguns aparelhos Android disponíveis no mercado. Pelo preço cobrado no site da Apple, é possível encontrar o Galaxy S8 (R$ 2.699), Moto Z2 Force (R$ 2.122) e LG G6 (R$ 2.168) em ferramentas de buscas de ofertas. Ou seja, talvez a troca para o Android pode compensar.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital