O Galaxy S7 é um top de linha da Samsung lançado em 2016 com versão com bordas curvas e design de metal e vidro. Às vésperas do lançamento do S9, o antigo smartphone aparece como uma opção atrativa para quem busca uma boa experiência pagando a partir de R$ 1.620, preço bem distante dos valores exorbitantes dos celulares premium atuais. Mas, será que o S7 ainda é uma boa opção em 2018? O Olhar Digital separou os prós e os contras do modelo.

PONTOS POSITIVOS

– Bom hardware

Apesar de ser um smartphone com dois anos desde o lançamento, o Galaxy S7 promete atender muito bem a maior parte dos consumidores. O aparelho chega com processador octa-core Exynos 8890 de 2,3 GHz, 4 GB de RAM (a mesma quantidade do S8) e 32 GB internos, com entrada para cartão de memória de até 256 GB. Há ainda a tela Super Amoled de 5,1 polegadas QHD (1440p). Ou o display de 5,5 polegadas na versão Edge, que tem as laterais curvadas.

Com esse conjunto, é bastante improvável que o Galaxy S7 tenha problemas em atender um usuário médio, ou seja, que usa apps sociais e joga esporadicamente. No caso de quem deseja experimentar games de última geração e abusar do aplicativo de realidade virtual (VR), é necessário um pouco mais de atenção. Afinal, o celular da Samsung já tem um hardware com dois anos de idade e os softwares desses tipos tem exigido cada vez mais do aparelho.

– Câmera de qualidade

O Galaxy S7 chega equipado com uma câmera traseira de 12 megapixels com abertura de f/1.7, foco de detecção de fases, estabilização óptica e flash LED. Embora não tenha um sensor duplo, moda mais recentes entre os telefones, o antigo top de linha tende a entender muito bem nas fotos do dia a dia, incluindo em ambientes com baixa luminosidade.

ReproduçãoPor outro lado, o aparelho ficará devendo um modo retrato com desfoque do fundo, algo que até os intermediários atuais possuem. Mas, é possível contornar essa limitação com o download de aplicativos de edição de imagens ou usando o foco seletivo. Por falar em retratos, os selfies do modelo têm 5 megapixels e abertura de f/1.7, o que não é nada mal perto dos padrões atuais.

Já no quesito vídeos, não há o que reclamar: o Galaxy S7 pode gravar em 4K (2160p) ou em Full HD (1080p) com 60 fps. Quem curte câmera lenta pode experimentar uma resolução HD (720p) a 240 quadros por segundo. Com essas características, o telefone da Samsung consegue se colocar em paridade com os lançamentos mais recentes.

– Botão físico com leitor de digitais frontal

Embora o Galaxy S8 tenha recebido boas críticas, há quem não gostou muito do novo design frontal ocupado somente pela tela. Um dos principais motivos para isso é o posicionamento do sensor de impressões digitais na parte traseira em um local pouco ergonômico. E como o S9 tende a seguir o mesmo caminho, o Galaxy S7 segue como o último top de linha da Samsung com um design convencional.

Outro ponto favorável ao design convencional é que, além de ser bastante frágil, a tela infinita do S8 possui uma manutenção bem mais elevada. Em agosto de 2017, por exemplo, uma lista divulgada pela Samsung revelou que o conserto do display do último top de linha ficava acima de R$ 1 mil.

PONTOS NEGATIVOS:

– Atualizações de Android

Lançado com o Android 6.0 (Marshmallow), Galaxy S7 já ganhou a versão 7.0 (Nougat) e certamente chegará a versão 8.0 (Oreo). No entanto, o telefone da Samsung não está imune a um problema que atinge ao sistema: a fragmentação. Embora a companhia tenha melhorado bastante o suporte nos últimos anos, não seria uma surpresa que o S7 ficasse sem o Android 9, que deve ser anunciado este ano.

ReproduçãoUm bom termômetro para isso é observar se o Galaxy S6 será mesmo atualizado para o Android 8, como prometeu a Samsung, ou se será deixado para trás. Ainda que seja, o update deve demorar bastante a sair, já que o telefone é um dos últimos da fila a receber, o que também deve acontecer com o S7 em 2019.

– Entrada micro USB

Enquanto celulares tops e intermediários já migraram para o USB-C, a Samsung deixou o Galaxy S7 com a antiga entrada USB-C. Nos próximos anos, isso não tende a ser um problema, já que há muitos acessórios disponíveis no mercado que ainda são compatíveis com esse padrão. Contudo, se você pretende ficar muito tempo com o aparelho, isso tende a se tornar um problema à medida em que cabos reservas e acessórios se tornem mais escassos.

– Bateria pode ser um problema em modelos de segunda mão

O Galaxy S7 chega de fábrica com uma bateria de 3000 mAh na versão reta e com 3600 mAh no modelo Edge com tela curvada. O telefone possui ainda um sistema de carregamento rápido, o que diminui o tempo conectado à tomada, e também a recarga sem fio. Se você está pretendendo comprar um telefone zerado, o antigo top de linha não deve decepcionar. Já aparelhos usados exigem mais cuidados.

ReproduçãoEmbora seja difícil uma bateria moderna viciar, aparelhos usados costumam ter desgastes com o tempo e redução da capacidade. Por isso, se o S7 tiver um ou dois anos de uso, a tendência é que ele tenha um desempenho abaixo do esperado, especialmente para quem usa bastante o telefone. Por fim, como se trata de um telefone “selado” a troca do componente só é recomendada em uma assistência técnica autorizada.

Conclusão: vale a pena?

Embora os smartphones tenham mudado bastante de um ano para cá, o Galaxy S7 ainda é um modelo que consegue chamar a atenção dos usuários. Com um preço inicial de R$ 1.620, o telefone da Samsung consegue ser, sim, uma boa escolha em 2018. Isso, claro, desde que o usuário observe algumas condições.

Se você procura um aparelho para uso de aplicativos e jogos convencionais, o Galaxy S7 não deve decepcionar no desempenho. O aparelho se destaca ainda pelas boas câmeras traseiras e frontais e pela perspectiva de atualização para o Android 8.0 (Nougat). Se dinheiro for um fator determinante, o usuário tende a se beneficiar com eventuais descontos após o anúncio do Galaxy S9, marcado para o próximo dia 25.

Já se você estiver em busca da melhor experiência de realidade virtual e realidade aumentada, considere comprar o Galaxy S8 ou outro modelo lançado em 2017. Afinal, esses modelos trazem um processador com arquitetura mais nova e mais preparada para rodar esse tipo de conteúdo. Além disso, o preço deles também devem cair com a chegada da nova geração a partir do MWC 2018, com início no dia 26 em Barcelona.