A Samsung é um dos principais nomes do mercado de televisores, e quando a empresa anuncia suas TVs QLED 8K, abrindo as portas para um novo patamar de resolução de vídeo no Brasil, a curiosidade é natural. Afinal de contas, a TV não é só um painel que concentra o maior número de pixels possíveis, mas também há uma série de recursos para otimização da experiência do usuário.
Entre essas apostas está a integração do aplicativo Apple TV e a compatibilidade com o Air Play 2, de iPhones, iPads e Macs, presentes em sua televisão mais recente, o que não é exatamente comum em produtos que não pertençam ao ecossistema da Apple, especialmente quando falamos da Samsung, sua arquirrival.
Nas novas TVs, da Samsung, o Air Play 2 permite a reprodução de vídeos, músicas do iPhone, iPad ou Mac na televisão — regulando inclusive o som que saí dela pelo iPhone, por exemplo. A função pode ser usada também em aplicativos de terceiros, como YouTube e Netflix. Importante lembrar que, para isso, televisão e o dispositivo da Apple em questão devem estar conectados na mesma rede Wi-Fi.
Essas possibilidades estão na categoria chamada pela Samsung de “recursos inteligentes”. Selecionando o ícone do aplicativo Apple TV presente da QLED 8K, o usuário pode acessar todos os seus filmes e programas de TV adquiridos no iTunes. Sobre a disponibilidade de conteúdos no Brasil, a Samsung declarou que não tem responsabilidade sobre esse tema. As limitações impostas aos usuários, que acontecem com frequência na América Latina, dependem de acordos entre a Apple e o país em questão.
Um ponto interessante é o fato de que as TVs são compatíveis com à Alexa, a assistente virtual da Amazon, e ao Google Assistente, o que permite que elas operem em conjunto com outros aparelhos conectados equipados com as tecnologias.
Outro ponto que a Samsung usa como forma de justificar o 8K é a capacidade de remasterização de conteúdo. Como quase não se produz esse tipo de conteúdo, a tecnologia presente no Quantum Processor 8K, o processador dessas televisões, faz upscaling de imagens de qualquer qualidade inferior automaticamente, em tempo real. Na prática, qualquer conteúdo pode ser exibido em 8K, mesmo sem ter sido produzido na resolução, mas o resultado não ficará tão bom quanto se ele fosse produzido diretamente em 8K.
A Samsung fez reais esforços para que o usuário desses dispositivos tivesse uma gama de escolhas e autonomia, transformando positivamente sua experiência. Entretanto, quando falamos de América Latina e, mais especificamente, do Brasil, a barreira econômica se torna gigante. Fazendo uma pesquisa rápida, a opção mais barata de uma TV QLED 8K, de 65 polegadas, sai por 23 mil reais no site da Samsung.