Na última segunda-feira (24), os advogados da vice-presidente de finanças da Huawei, Meng Wanzhou, pediram ao ministro da Justiça do Canadá que reconsidere o processo de extradição.

A executiva está presa no Canadá desde dezembro do ano passado sob acusações de violações de sanções impostas pelos Estados Unidos, depois de supostamente realizar serviços financeiros com o Irã.

Em comunicado, os advogados de Meng disseram que “os procedimentos de extradição não têm mérito” e que seria do “interesse nacional do Canadá” suspender tais medidas.

Eles também argumentaram que “O Canadá está numa encruzilhada, respeitando o pedido dos Estados Unidos de que o país extradite a Sra. Meng, por conduta que não é uma ofensa ao Canadá”.

Essas e outras declarações foram assinadas pelos quatro advogados que preparam a defesa de Meng no período que antecede sua audiência de extradição na B.C. Supreme Court (Suprema Corte Da Colúmbia Britânica), que deve começar em janeiro de 2020.

Resumo do caso

Esse é mais um desdobrar da “Guerra Fria” entre Estados Unidos e China. Embora a filha do presidente da gigante chinesa de telecomunicações tenha sido presa no dia 01 de dezembro de 2018, a Huawei só entrou para a “lista negra” do Departamento de Comércio em maio.

Desde o mês passado as companhias norte-americanas precisam de autorização do governo dos EUA para exportar tecnologia para empresas chinesas consideradas de risco -leia-se Huawei – alegando preocupações relacionadas à segurança dos produtos vendidos por elas.

A Huawei está trabalhando no desenvolvimento de redes 5G e já possui contrato assinado com mais de 10 países para fornecer os componentes necessários para que essa tecnologia comece a funcionar. Tal medida do governo Trump pode atrasar os planos da companhia, pois agora todas as empresas norte-americanas precisam obter uma licença especial para vender e comprar produtos à Huawei.

Fonte: G1 e CBC