Saiba como a tecnologia torna o mercado de aluguel mais lucrativo

Rene Ribeiro19/12/2018 21h39, atualizada em 20/12/2018 11h00

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Deixar a agitação da vida cotidiana ou apenas escapar da cidade por um fim de semana nunca foi tão fácil. Aluguéis de curta duração permitem relaxar sem exigir muito planejamento. A tecnologia está mudando como as pessoas estão buscando locais para se hospedar durante uma viagem e isso está impulsionando um novo ramo dos serviços de hospedagem.

O que são aluguéis de curto prazo?

Um aluguel de curta duração, ou aluguel de férias, é a locação de uma casa mobilada, um apartamento ou condomínio para uma estadia curta, geralmente inferior a 2 meses. O proprietário aluga a residência semanalmente, mas alguns aluguéis de curto prazo oferecem taxas noturnas também. O proprietário também pode alugar um espaço dentro de sua propriedade que ele não esteja usando.

Alguns aluguéis de férias também podem ser compartilhados, especialmente durante a alta temporada, como o Ano Novo, quando a renda é mais alta. Além de viagens, esse tipo de aluguel está se tornando cada vez mais comum para as pessoas que vão a uma cidade para assistir festivais de música ou eventos esportivos. Em vez de pagar taxas caras de hotéis, essas pessoas alugam casas por período curto.

Vantagens do aluguel de curto prazo para proprietários

Se você tem um imóvel disponível, a flexibilidade oferecida ao alugar o espaço por um curto período de tempo e obter preços mais altos, especialmente em feriados ou festivais, é uma opção mais lucrativa do que os aluguéis fixos de longo prazo. Em alguns países, há incentivos fiscais para aluguéis de curto prazo, pois a renda gerada não precisa ser mencionada como renda de aluguel.

Crescimento de aluguéis de curto prazo

O Airbnb é a maior história de sucesso nesta área. A empresa sozinha escalou para mais de 4 milhões de propriedades locadas em mais de 65 mil cidades em todo o mundo. O Airbnb está presente em mais de 191 países e conseguiu fazer isso em um curto prazo de apenas 10 anos. Só para trazer isso em perspectiva, a empresa está avaliada em mais de US$ 31 bilhões, 30% a mais do que o rival mais próximo, a rede de hotéis Hilton.

Graças a uma plataforma descentralizada, serviços centrados no cliente, o espaço de aluguel de curto prazo está crescendo a uma taxa sem precedentes. A previsão é de que a indústria adicione US$ 56 bilhões nos próximos 3 anos para alcançar uma enorme capitalização de mercado de US$ 194 bilhões até 2021.

Por que as pessoas estão escolhendo esse tipo de hospedagem?

Existem três razões simples: baixo custo, localização conveniente (há casas perto de lugares paradisíacos, por exemplo) e comodidades domésticas (privacidade, piscinas, etc.).

Outro ponto é a flexibilidade. Em hotéis, o turista sempre precisa vincular seus horários de check-in e check-out ao planejamento da estadia e passeios. Os anfitriões de serviços de hospedagem são muito mais flexíveis. Por exemplo, é possível chegar no primeiro dia às 8h00, tomar um café e já sair para aproveitar a viagem.

Mais espaço. A maioria dos aluguéis são casas ou apartamentos inteiros, com alguns espaços compartilhados também. Você obtém toda a casa para si e há muito menos restrições sobre quantas pessoas você pode levar. Em relação às comodidades, uma cozinha inteira fica à sua disposição e pode ser uma dádiva para economizar dinheiro com alimentação. E ainda há proprietários que oferecem refeições, por um preço a parte, logicamente, em que basta tirar da geladeira para esquentar ou até mesmo fazer as refeições.

Aluguéis de curto prazo como investimento

De acordo com um relatório da PwC, estima-se que cerca de 20% dos americanos tenham participado de algum tipo de atividade econômica compartilhada. Isso é o que impulsionou uma previsão da economia de compartilhamento a crescer para US$ 335 bilhões até 2025, cobrindo setores como viagens, compartilhamento de carros, finanças, contratação de pessoal e outros.

A geração do milênio e a Geração Z não estão realmente preocupadas em ser proprietários de uma casa. O jovem não quer permanecer plantado em uma cidade. Seus estudos ou trabalhos podem mantê-los por meses ou anos viajando, o que exige que eles tenham menos pertences. É aí que entra a economia de compartilhamento. Isso representa uma mudança, mesmo que ainda no início, do desejo de ter uma propriedade para investir em aluguéis curtos.

Outro motor de crescimento são os aplicativos, que estão tornando mais fácil do que nunca encontrar inquilinos. A receita com aluguéis de curto prazo pode facilmente ajudar os investidores imobiliários iniciantes a entrar no mercado.

Plataformas de investimento imobiliário, como a SmartOwner, a principal empresa de mercado imobiliário da Ásia, está introduzindo oportunidades de investimento em carteiras de aluguel de curto prazo. Investidores que reconhecem a mudança no setor imobiliário estão de olho nesse mercado mais exclusivo que pode mudar totalmente a forma de fazer negócios no ramo imobiliário de aluguéis.

No Brasil, essa prática já está sendo usada, de forma que até os hotéis já pressionaram suas autoridades locais de para ajustar a lei de locação dos serviços de aluguel de curto prazo.

Colaboração para o Olhar Digital

Rene Ribeiro é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital