Recordes existem para serem quebrados, e foi exatamente isso que Max Biaggi, seis vezes campeão mundial de motociclismo, fez com a motocicleta elétrica Voxan Wattman. Ao todo, o italiano quebrou nada menos que 11 recordes com o veículo da Voxan.

A moto vem em três modelos: aerodinâmico, parcialmente aerodinâmico e padrão. Ela foi construída para ser a motocicleta elétrica mais rápida do mundo. Ela é resfriada por gelo seco e usa um motor de 317 kW (425 cavalos) e bateria de 15,9 kWh.

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Os três modelos da Voxan Wattman. Imagem: Voxan/Divulgação

Embora esse motor seja cerca de quatro vezes mais potente do que o da maioria das motocicletas elétricas emblemáticas, como a Harley-Davidson LiveWire, a capacidade da bateria é equivalente às das motos elétricas líderes de mercado atualmente. A principal diferença é que a Voxan Wattman consome grande parte da carga em poucas corridas, em comparação com motos que podem rodar por horas.

Uma primeira tentativa de entrar para o livro dos recordes aconteceria no Salar de Uyuni, na Bolívia, mas foi adiado até 2021 devido à pandemia da Covid-19. Porém, em um golpe de sorte, a equipe pôde prosseguir com o cronograma, realizando suas tentativas de quebra de recordes no campo de aviação de Châteauroux, na França.

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O piloto Max Biaggi estabeleceu 11 novos recordes de velocidade. Imagem: Voxan/Divulgação

O recorde mais visado pela equipe era o de mais rápida “moto elétrica parcialmente aerodinâmica acima de 300 kg”. Biaggi atingiu a marca de 366,94 km/h no veículo parcialmente aerodinâmico, superando outras motocicletas famosas, como Lightning LS-218 e Mobitec. A corrida foi realizada em um percurso de uma milha (1,6 km), em duas direções opostas e contando desde a largada. A velocidade mais alta atingida pela Wattman durante os testes foi de 408 km/h.

O segundo recorde alcançado por Biaggi foi o de velocidade em veículo não aerodinâmico. O italiano chegou a uma velocidade máxima de 349,38 km/h na versão padrão da Voxan Wattman. Mas não parou por aí. A equipe ainda registrou outros nove recordes:

  • ¼ de milha, largada em movimento, parcialmente aerodinâmico: 394,45 km/h – nenhum recorde anterior
  • ¼ de milha, largada em movimento, sem aerodinâmica: 357,19 km/h – sem recordes anteriores
  • 1 km, largada em movimento, parcialmente aerodinâmico: 386,35 km/h – recorde anterior de 329,31 km/h
  • ¼ de milha, largada estacionária, sem aerodinâmica: 126,20 km/h – nenhum recorde anterior
  • ¼ de milha, largada estacionária, parcialmente aerodinâmico: 127,30 km/h – recorde anterior de 87,16 km/h
  • 1 km, largada estacionária, sem aerodinâmica: 185,56 km/h – sem recordes anteriores
  • 1 km, largada estacionária, parcialmente aerodinâmico: 191,84 km/h – recorde anterior de 122,48 km/h
  • 1 milha, largada estacionária, sem aerodinâmica: 222,82 km/h – nenhum recorde anterior
  • 1 milha, largada estacionária, parcialmente aerodinâmico: 225,01 km/h – sem recordes anteriores

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Equipe celebra os recordes, fazendo alusão aos mais de 400 km/h alcançados pela moto. Imagem: Voxan/Divulgação

“Quando Gildo Pastor, presidente do Grupo Venturi, me abordou sobre esse projeto, fiquei curioso, muito motivado e ao mesmo tempo um pouco inseguro”, contou Biaggi, animado. “Eles me disseram ‘chegamos perto de 600 km/h em quatro rodas, e agora queremos flertar a 400 km/h em duas rodas, nada vai nos parar!’ Esses discos me deixam um homem feliz! Estou orgulhoso da equipe e muito feliz por trazer esses títulos de volta ao Mônaco!”

Via: Electrek