A Disney, maior empresa de mídia tradicional do mundo, finalizou na última terça-feira, 19, a compra da maioria das ações da gigante 21st Century Fox, em um dos negócios mais importantes do cenário de mídia. A fusão posiciona o conglomerado para competir em alto nível com ameaças como a Netflix, que chacoalhou o mercado nos últimos anos.
A aquisição integral da Fox se dará antes do lançamento do Disney+, o serviço de streaming próprio da Disney (semelhante à Netflix). Bob Iger, CEO da companhia, considera o serviço como “a maior prioridade” para 2019. A aquisição da Fox nos trará uma biblioteca ainda maior de conteúdo para alimentar o serviço”.
A 21st Century Fox é o lar de franquias de grande sucesso, como “XMen”, “Deadpool”, “Kingsmen” e “Planeta dos Macacos”, além de múltiplas animações de sucesso, como “A Era do Gelo”, e séries de TV, como “Os Simpsons”. O acordo abrange os estúdios de cinema e televisão, um grupo de TV a cabo que inclui FX, National Geographic, mais de 300 canais internacionais e 22 redes esportivas regionais. Além da transmissão da gigante Sky no Reino Unido e na Europa.
O contrato passa a participação de 30% da Fox no Hulu (outro serviço de streaming concorrente da Netflix) para a Disney, essencialmente dobrando a participação da Disney e dando à Hulu uma participação majoritária pela primeira vez em sua história de mais de uma década. NBC Universal, da Comcast ,continua a deter 30% e Warner, da AT&T ,é a dona dos 10% restantes.
A fusão da Disney com a Fox segue o modelo da aquisição no valor de US$ 85 bilhões da Time Warner, controladora da HBO, CNN, Warner Bros. e outros pela AT&T. Esta eliminou a última incerteza regulatória sobre sua compra no início deste ano.