Zuckerberg sabia de práticas de privacidade questionáveis, diz jornal

Investigação da FTC continua sob privacidade, pois existem preocupações de que se tais documentos chegassem a público, seriam prejudiciais ao Facebook
Equipe de Criação Olhar Digital13/06/2019 13h30

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Publieditorial

A bola de neve criada ao redor da polêmica sobre as práticas de privacidade do Facebook continua aumentando. Agora, mais uma revelação envolvendo o presidente-executivo da empresa, Mark Zuckerberg, chegou a público através Wall Street Journal.

Ao que tudo indica, foram encontrados e-mails que mostram que Zuckerberg estava ciente de certas práticas questionáveis e, aparentemente, não optou por corrigí-las. Estes documentos, de acordo com o WST, são parte da investigação do governo dos EUA, aberta no ano passado pela Comissão Federal de Comércio (FTC).

Essa investigação, no entanto, continua sob privacidade, pois existem preocupações de que se tais documentos chegassem a público, seriam prejudiciais ao Facebook. Bom, com certeza saber que práticas de privacidade questionáveis estavam sendo permitidas pelo CEO da empresa não fará nada bem para a publicidade da rede social, no entendo, não chega a ser uma surpresa. Afinal de contas, decisões importantes passam pelo alto escalão da companhia.

Em resposta à matéria, um porta-voz do Facebook deu a seguinte declaração: “O Facebook e seus executivos, incluindo Mark, sempre se empenharam em cumprir todas as leis aplicáveis, e em nenhum momento Mark ou qualquer outro funcionário do Facebook violou as obrigações da empresa sob o consentimento da FTC.” […] “Cooperamos totalmente com a investigação da FTC e fornecemos dezenas de milhares de documentos, emails e arquivos.”

Apesar do jornal ter tido acesso a tais informações, só saberemos mesmo o que aconteceu quando o relatório final da investigação chegar a público, e olhe lá!

O Facebook se tornou alvo da FTC em 2018, depois que o escândalo Cambridge Analytica revelou que até 87 milhões de dados de usuários foram vendidos para a empresa britânica.

Fonte: WSJ