Depois do ressurgimento do “Desafio Momo”, o YouTube decidiu que não vai mais exibir anúncios em vídeos sobre a personagem que supostamente incentiva crianças a se suicidarem ou cometerem autoagressões. A decisão da empresa também vale para produções de agências respeitadas de notícias e de influentes criadores de conteúdo.

Vários veículos de imprensa norte-americanos, como a CBS, a ABC, a CNN e a Fox já publicaram vídeos sobre a perigosa farsa virtual. Antes de serem proibidos de veicular propagandas sobre a Momo nos conteúdos, alguns apareciam com aviso de alerta sobre conteúdo perturbador.

O YouTube confirmou ao The Verge que qualquer vídeo a respeito da Momo viola suas diretrizes de conteúdo e, portanto, não pode receber anúncios. A empresa mantém políticas rígidas sobre onde a publicidade pode aparecer, de modo a proteger as marcas de se associarem a conteúdos danosos aos telespectadores ou mentirosos, como é o caso da personagem.

O YouTube comentou sobre a situação no Twitter: afirmou que não encontrou “evidências recentes de vídeos que promovam o Desafio Momo no YouTube” e reiterou que “os vídeos que incentivam desafios prejudiciais e perigosos são contra nossas políticas”. A plataforma também recomendou que usuários denunciem esse tipo de conteúdo.

Momo estaria em um vídeo com a Peppa Pig no YouTube Kids

O mais recente ressurgimento do boato Momo tem como base supostos vídeos do YouTube com imagens que encorajam crianças a se matar ou cometer violências contra si mesmas. Os rumores que reacenderam a polêmica afirmam que a personagem aparece em um vídeo com o desenho infantil Peppa Pig no YouTube Kids. A história da Momo começou como a lenda urbana de um número no Japão (+81), que usava como foto de perfil a imagem assustadora da protagonista e enviava mensagens pelo WhatsApp de forma a incitar desafios de violência e até o suicídio.

O ressurgimento do desafio que preocupa pais e mães é mais uma prova de que o YouTube está em um momento complicado. Os anunciantes estão receosos de continuar suas campanhas publicitárias depois de ter sido descoberta uma rede de pedófilos na plataforma. A empresa já toma medidas contra esses casos, como o recente anúncio de que a maioria das seções de comentários em vídeos para crianças será desativada.

Além disso, na tentativa de melhorar a qualidade do conteúdo da plataforma, o YouTube encerrou mais de 400 canais que publicavam mensagens violentas. A empresa reiterou que deve continuar tomando essas providências quando os produtores de conteúdo violarem suas diretrizes e prejudicarem a comunidade como um todo.

Fonte: The Verge