A Waymo, empresa de carros autônomos afiliado ao Google, começou a operar sua frota de táxis autônomos no Arizona.
Isso não é muito novo, já que a empresa testa esse serviço desde 2017. No entanto, essa é a primeira vez que os veículos navegam por conta própria, sem um motorista sentado ao volante para intervir caso algo dê errado.
Claro que os veículos ainda são supervisionados remotamente, com a possibilidade de assumir o controle rapidamente, mas isso mostra que a Waymo confia cada vez mais de que seu software pode dirigir com segurança e por conta própria.
Andrew J. Hawkins, repórter do The Verge que testou a novidade, declarou que a viagem foi surpreendentemente tranquila, embora o veículo tenha pegado uma saída errada. De acordo com ele, os “carros sem motorista estão aqui. Não há como voltar”. Eu sua defesa, a Waymo declarou que o carro pegou uma saída diferente, pois detectou um problema no caminho original, o que exigiu que a rota fosse recalculada.
Os carros operam por uma área limitada de 80 quilômetros quadrados, e eles não podem deixar passageiros fora desse perímetro. Porém, ainda há uma complicação: o centro de operações da frota da empresa está localizado fora de sua área de atuação, o que exige que um funcionário da Waymo acompanhe os carros para as áreas de cobertura.
Por enquanto, apenas pessoas inscritas no programa de testes beta da Waymo podem solicitar esse transporte.
Para que sua área de atuação seja expandida, a empresa informa que deve aumentar sua frota, mas que o processo para o desenvolvimento de carros autônomos era mais complicado e demorado do que eles esperavam.
“O mundo é um lugar muito complicado”, disse o engenheiro de software da Waymo, Nathaniel Fairfield, ao The Verge. “Esse é um problema muito maior do que imaginávamos há dez anos, quando começamos”, finalizou.
Otimistas do setor acreditam em viagens tão baratas utilizando carros autônomos, que a posse de carros pessoais se torna uma coisa do passado. Outros pensam que a tecnologia pode se restringir a pequenas partes do mundo – como é o caso desses testes.
Fato é que os carros autônomos têm se tornado cada vez mais populares e, se forem implementados em grande escala mundialmente, podem ajudar na diminuição de acidentes por condução distraída e cochiladas ao volante.
Via: The Verge