Você sabia que David Bowie já teve um provedor de internet?

Renato Santino13/01/2016 19h45, atualizada em 13/01/2016 19h50

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David Bowie, o camaleão do rock. Conhecido justamente pela sua música, poucos lembram de suas outras empreitadas, que já chegaram até mesmo à área da tecnologia. O artista, que morreu no domingo, 10, aos 69 anos, foi um dos que acreditou no princípio da internet comercial nos anos 1990, criando seu próprio provedor de internet.

Em 1998, o serviço entrou em vigor. A BowieNet foi lançada nos Estados Unidos e no Reino Unido, numa época em que era muito mais fácil oferecer serviços de internet, bastando vender a conexão para qualquer um com uma linha telefônica. Por US$ 19,95 ou 10 libras por mês, usuários teriam acesso à internet por meio do serviço de Bowie.

Os assinantes recebiam uma série de vantagens: uma home page customizável, um endereço de e-mail @davidbowie.com, acesso a salas de bate-papos, grupos de discussões, jogos multiplayer, além de 5 megabytes de de hospedagem para que eles pudessem criar suas próprias páginas na World Wide Web.

Como foi tradição na década, os clientes também recebiam CDs para instalar o Internet Explorer customizado para o endereço davidbowie.com, mas também havia liberdade para que fosse usado o Netscape, se os assinantes assim preferissem.

A BowieNet, no entanto, também tinha outra função, que apelava um pouco mais para os fãs do artista. Ela era um fã-clube, que dava acesso a vídeos ao vivo do estúdio. Este conteúdo também estava disponível para assinatura por US$ 5,95 por mês para quem não queria trocar de provedor.

Durante o pico da BowieNet, foram 100 mil clientes, afirma Ron Roy, que ajudou Bowie a começar o negócio. Ele explica que o artista sempre foi muito envolvido no design da BowieNet, em vez de apenas emprestar seu nome para o negócio.

Com o passar dos anos, a BowieNet deixou de ser uma provedora de internet, quando as pessoas começaram a abandonar a conexão discada para abraçar a banda larga. Foi quando o serviço se tornou um fã-clube mais convencional, sem a peculiaridade do acesso à rede.

Via Ars Technica

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital

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