Os vídeos no Youtube que apresentam menores de 13 anos recebem três vezes mais visualizações do que aqueles sem crianças. A revelação surgiu de um novo estudo do Pew Research Center, que analisou todos os vídeos postados a partir de 2018 em canais com mais de 250 mil inscritos.
A pesquisa mostrou que, embora um número pequeno de vídeos produzidos por estes canais fossem destinados ao público infantil, os que eram ganharam mais visualizações que a média. Além disso, qualquer vídeo estrelado por uma criança que aparentava ser menor de 13 anos “recebeu quase o triplo de visualizações, em média, de outros tipos de vídeos”.
Outra descoberta surpreendente foi que vídeos direcionados ao público jovem e que também mostravam uma criança menor de 13 anos foram os mais populares em relação a qualquer outro tipo de conteúdo produzido por esses canais.
Os atuais termos de serviço do Youtube afirmam que a plataforma não é recomendada para menores de 13 anos e que elas devem utilizar a versão Kids do serivço, que é supostamente mais segura para crianças.
Mesmo que o Youtube não diga que incluir crianças em vídeos aumenta o número de visualizações, muitos produtores de conteúdo descobriram por si só essa mina de ouro. Um dos maiores canais de vlogs familiares do YouTube, The Ace Family, acumulou mais de 16 milhões de inscritos em menos de três anos, relatou The Verge. Até mesmo Jake Paul, um vlogger conhecido por suas brincadeiras, convidou uma família para morar em sua casa para que ele pudesse vlogar com o filho de quatro anos do casal, Tydus.
Agora, sob investigação da Comissão Federal de Comércio (FCC), o Youtube tenta tomar algumas medidas para reverta essa cultura. A plataforma desativou a seção de comentários para vídeos com crianças e e está pesquisando alterações algorítmicas, que podem afetar os vídeos recomendados para pessoas.
Fonte: The Verge