Vendas mundiais de PCs crescem pela primeira vez desde 2011

A corrida do mercado corporativo para trocar seus parques tecnológicos para aparelhos rodando Windows 10 fez com que o mercado global de desktops e notebooks visse um crescimento inédito há oito anos
Renato Mota14/01/2020 14h32

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Pela primeira vez desde 2011, o mercado mundial de venda de PCs obteve crescimento ao londo de um ano, como apontam relatórios da IDC e Gartner. Os números, entretanto, divergem um pouco: a primeira consultoria aponta 266,7 milhões de vendas e crescimento de 2,7% em 2019, enquanto a segunda indica 261,2 milhões de aparelhos e 0,6% de crescimento.

As discrepâncias podem estar na conta da metodologia. Em seus relatórios, as empresas incluem vendas de desktops, notebooks e tablets destacáveis ​​como o Surface, mas o Gartner exclui os Chromebooks. Porém, os dois documentos apontam as atualizações do Windows 10 como responsáveis pela recuperação.

“Esperamos que esse crescimento continue este ano, mesmo após o término do suporte ao Windows 7 neste mês, já que muitas empresas em regiões emergentes como China, Eurásia e Ásia/Pacífico ainda não foram atualizadas”, avalia a analista sênior do Gartner, Mikako Kitagawa. Segundo a Microsoft, o Windows 10 foi instalado em 900 milhões de dispositivos até setembro do ano passado. Dados do NetMarketShare sugerem que existam milhões de PCs que precisam da atualização, uma vez que o Windows 7 ainda sendo usado em mais de 30% dos desktops.

Para a IDC, passada esta fase, o ritmo de vendas deve diminuir. “Os próximos 12 a 18 meses serão desafiadores para os PCs tradicionais, pois a maioria das atualizações do Windows 10 estará no passado e as preocupações persistentes com a falta de componentes e as negociações comerciais serão resolvidas”, acredita Jitesh Ubrani, gerente de pesquisa dos rastreadores de dispositivos móveis da IDC.

Essa falta de componentes, principalmente processadores Intel, resultou num crescimento menor do que o esperado, afirma Kitagawa. “A escassez contínua de CPUs da Intel, que começou em meados do ano passado, tornou-se um grande problema novamente na entrega de PCs aos clientes corporativos pelos três principais fornecedores (Lenovo, HP e Dell). Sem essa escassez, as remessas teriam crescido mais rápido que os resultados relatados”, completa a analista.

Via The Verge/IDC/Garnter

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital