Entrega de encomendas por drones é ‘quase’ uma realidade nos EUA

UPS já realizou testes e criou subsidiária para operar a tecnologia; primeiros clientes serão centros médicos, comerciais e industriais
Luiz Nogueira26/07/2019 12h14, atualizada em 26/07/2019 12h25

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A United Parcel Services (UPS), grande empresa de entregas, está solicitando a certificação Part 135 da Administração Federal de Aviação (FAA) para usar drones em entregas nos Estados Unidos. Para isso, a empresa criou uma subsidiária chamada de UPS Flight Forward Inc. que ficará responsável por essas entregas.

Alguns testes já estavam sendo realizados desde o início deste ano. Foram usados drones multirotor para entregar sangue e outras amostras médicas para instalações de testes hospitalares na Carolina do Norte. A UPS solicita essa permissão para que não seja necessário operar sob restrições impostas pela FAA, como não lançar as aeronaves em áreas povoadas, não voar a noite e ficar sempre abaixo do nivel de voo de aviões.

A certificação solicitada vai permitir que voos comerciais de drones sejam realizados sem essas restrições. Se aprovado, suas primeiras operações serão para clientes médicos, comerciais e industriais. Consumidores regulares vão precisar esperar um pouco mais para poder optar por esse tipo de entrega em seus pedidos.

De acordo com a UPS, se a licença for concedida, ela vai permitir que empresas usem drones da mesma maneira que as companhias aéreas comerciais usam suas aeronaves. Mesmo com as vantagens, as empresas também estarão sujeitas aos mesmos padrões rígidos de segurança que as companhias aéreas.

A FAA tem trabalhado para integrar drones com segurança no espaço aéreo comercial há anos, porém, muitos desafios ainda permanecem. Mesmo com a certificação, a UPS ainda teria que ter um controlador humano supervisionando o voo, e o drone teria que seguir diretrizes de distância de outras aeronaves.

Esses não serão voos verdadeiramente autônomos. A aeronave não tem autoridade total para executar um voo por conta própria e não consegue se comunicar com controladores aéreos. Mesmo com todas os obstáculos e restrições, essa pode ser a porta de entrada para que empresas comecem a pensar na realização de entregas usando drones.

Via: Wired

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital