Os planos da Apple de comprar o Shazam podem estar em risco. Nesta segunda-feira, 23, a Agência Antitruste da União Europeia anunciou que vai investigar o negócio, cujos valores podem chegar a US$ 400 milhões (R$ 1,3 bilhão). A preocupação dos reguladores é que a empresa norte-americana use o aplicativo para beneficiar o seu próprio serviço de streaming e ferir a concorrência.
De acordo com a publicação do BGR, a apreensão da agência europeia é que a Apple, entre outras coisas, tenha acesso a informações sensíveis como hábitos de usuários de outros serviços de streaming. Além disso, os reguladores também temem que o Shazam pare de exibir links em seus resultados para plataformas como o Spotify e o Pandora, encorajando os assinantes a migrarem para o Apple Music.
Anunciada em dezembro de 2017, a compra do Shazam pela Apple é vista como uma medida da empresa para tentar se equiparar à concorrência. A função de identificação de músicas, por exemplo, poderia ser integrada à Siri para se igualar à mesma capacidade do Google Assistente no Pixel 2. Além disso, os dados do aplicativo podem ser utilizados para dar vantagem competitiva ao Apple Music, que aparece em segundo lugar entre os serviços de streaming, logo atrás do Spotify.
Apesar do anúncio desta segunda-feira, o acordo permanece de pé enquanto a agência europeia analisa o negócio. De acordo com a comissária Margrethe Vestager, a investigação visa “garantir que os fãs de música continuarão a aproveitar ofertas de streaming atrativas e não terão menos opções de escolha como resultado dessa união proposta”. A previsão é que os trabalhos sejam concluídos até o dia 4 de setembro.