Uber vai adotar tarifas fixas e esconder avisos de ‘preço dinâmico’

Renato Santino23/06/2016 23h19

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A Uber está mudando radicalmente o modo como cobra pelas corridas no seu serviço. Em vez de exibir uma estimativa do custo da corrida e estabelecer o custo final baseado no tempo e na distância percorrida, a empresa deve definir um preço fixo antes de o usuário confirmar se vai ou não pedir um carro.

O recurso também vai mudar profundamente uma das características mais marcantes do serviço, que são os preços dinâmicos. Hoje, quando o usuário pede um carro em um período movimentado do dia, ele é presenteado com uma janela de aviso que avisa que o custo da corrida seria “1,5x” o valor normal, e cabe ao usuário aceitar ou não.

Com o novo sistema, as coisas vão mudar. O usuário verá o preço final da corrida, já computado o fator do preço dinâmico, com apenas uma pequena indicação de “demanda aumentada” que indica que aquela não é o preço normal. Não haverá mais um ícone especial de raio alertando os usuários.

A justificativa da Uber é que o preço dinâmico confundia os usuários, que precisavam fazer uma conta de cabeça para saber se o custo aumentado valia a pena. “Sem matemática, sem surpresas”, afirma a companhia. No entanto, a ideia de que o consumidor deixará de saber   exatamente o quanto está pagando a mais por uma corrida no horário de pico parece pouco amigável.

A novidade está começando a ser distribuída no UberX, mas já estava em vigor no UberPOOL, que permite dividir um carro com mais pessoas que tem destinos parecidos em troca de um preço mais baixo. A Uber provavelmente observou que o público se interessou pelo preço fixo e decidiu ampliá-lo para outra categoria de serviço.

A novidade já tem sido testada desde abril deste ano em seis cidades dos EUA (Nova York, Miami, San Diego, Filadélfia, Seattle, e Jersey City) e em cinco na Índia (Mumbai, Kolkate, Hyderabad, Chennai e Nova Delhi; nesta última a empresa foi forçada a abandonar o preço dinâmico). A ideia é que o valor fixo e o preço dinâmico quase invisível sejam liberados para o restante do mundo em breve.

Via The Verge

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital

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