Os executivos da Uber entraram com uma solicitação na Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos, conhecida pela sigla SEC, para tornar a empresa pública, no que se espera que seja um dos maiores IPOs de tecnologia da história. Caso seja aceito, a empresa abrirá, pela primeira vez, a venda de ações para o público em geral. A companhia disse que perdeu US$10 bilhões desde 2016, ressaltando a natureza precária dos negócios da Uber e a necessidade de se encontrar um novo meio para gerar receita.
A Uber disse que continuará a aumentar seus ganhos à medida que procura recrutar mais motorista e encontrar novos clientes, além de aumentar sua participação no mercado. A empresa está buscando uma avaliação entre US$90 bilhões e US$100 bilhões. Sua rival, a Lyft, tornou-se pública em 29 de março por 72 dólares por ação. A decisão de sua concorrente, definitivamente influenciou a decisão da Uber, que pretende vender cerca de US$10 bilhões em ações. O arquivamento da empresa na SEC será analisado nos próximos dias.
O aplicativo de transporte diz que gerou US$ 11,3 bilhões em receita no ano de 2018, um aumento de 42% em relação aos anos anteriores. A empresa registrou um lucro líquido de US$997 milhões em 2018, mas amargou uma perda de US$1,85 bilhão. O Uber tem um déficit total de US$7,9 bilhões. A empresa terá que aumentar sua receita e diminuir suas despesas para alcançar lucratividade em outros mercados, incluindo os EUA, disse a empresa em documento enviado ao SEC.
Como um incentivo para que os motoristas comprem as ações da empresa caso a solicitação seja aceita, a Uber está recompensando seus motoristas de longa data. Eles estão dando um bônus de US$100 por 2.500 viagens, US$500 por 5.000 viagens, US$1.000 por 10.00 viagens ou US$10.000 por 20.000 viagens. Esses bônus, como informado, pode ser usado para comprar as ações da empresa, ou podem manter o dinheiro para si.
A empresa, que começou como um serviço de carros de luxo baseado em São Francisco em 2009, é hoje um dos serviços de transporte mais utilizados no mundo, controlando mais de 60% do mercado dos EUA e registrando bilhões de veículos em todo o mundo.
Via: The Verge