Hoje durante o Uber Elevate Summit, a Uber mostrou ao noticiário estadunidense CBS News o seu primeiro protótipo de táxi aéreo. O veículo tem espaço para quatro pessoas e um design parecido com um drone, com quatro rotores dedicados a dar impulso vertical a aeronave, auxiliando-a a decolar e pousar sem a necessidade de uma pista.
Depois que a aeronave decola, ela aciona também uma hélice posicionada verticalmente. Essa hélice ajuda a aeronave a ganhar velocidade, podendo chega a até 320 quilômetros por hora. A ideia da Uber é começar a implementar esses táxis aéreos a partir de 2020, e as duas primeiras cidades a receberem as aeronaves serão Dallas e Los Angeles, nos Estados Unidos. A matéria abaixo, da CBS News, mostra mais do veículo:
Segundo o CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, a ideia é que as pessoas possam pedir um UberAIR (o nome do novo serviço por enquanto) pelo celular, e então se dirigir ao teto de um prédio para encontrar com o piloto. “Queremos criar uma rede em torno desses veículos, para que pessoas normais possam tomar esses táxis aéreos para viajar distâncias maiores, quando quiserem evitar trânsito e a preços acessíveis”, disse.
Preços acessíveis, de acordo com ele, são essenciais para que o serviço se torne lucrativo. “Um dos aspectos principais dessa tecnologia é que nós coloquemos quatro passsageiros em cada veículo. Então, o custo por viagem diminui”, explicou Khosrowshahi. Embora o plano inicial seja que o veículo tenha um piloto, a ideia de longo prazo da Uber é tornar seus táxis aéreos autônomos.
Uma vez que o sistema esteja funcionando de maneira adequada, cada ponto de encontro dos táxis aéreos deverá ser capaz de realizar 200 decolagens e pousos por hora – ou um a cada 24 segundos, de acordo com a CNBC. Além disso, segundo o Engadget, a aeronave é movida a eletricidade, o que a torna mais silenciosa e eficiente do que um helicóptero.
Problemas
No entanto, a Uber ainda tem uma série de desafios a enfrentar antes de fazer dos táxis aéreos um serviço lucrativo. A empresa, que já tem oito anos, nunca deu lucro, e só no ano passado teve um prejuízo de US$ 4,5 bilhões. Os problemas não param no financeiro: no ano passado, a empresa enfrentou um escândalo por conta de sua cultura empresarial machista que culminou com a saída de seu CEO e co-fundador Travis Kalanick.
Mais recentemente, a Uber também enfrentou problemas por conta de seus carros autônomos. Um deles matou um pedestre que estava atravessando a rua e, de acordo com as informações mais recentes, o carro autônomo chegou a ver a vítima, mas decidiu não desacelerar. Khosrowshahi, no entanto, diz que pretende voltar a testar os carros autônomos assim que sentir que o sistema é suficientemente seguro.