De acordo com o site Army Recognition, o exército turco usou no início deste mês uma arma laser montada em um carro de combate para derrubar um drone chinês. Teria sido a primeira vez em que isso ocorre em um campo de batalha real, fora de demonstrações controladas ou testes de laboratório.

O laser em questão teria sido desenvolvido pela própria Turquia, fruto de uma parceria entre a empresa turca Savtag, o instituto de pesquisa Tubitak e a Aselsan, a maior empresa do complexo industrial militar no país. O programa teria sido iniciado em 2013 e recebeu, apenas em 2015, US$ 450 milhões em investimento do governo turco.

Em 2015 o Tubitak anunciou que uma versão experimental da arma atingiu um alvo pela primeira vez, e em 2018 a Aselsan anunciou que seu laser, montado em um carro de combate Otokar Cobra, tinha conseguido atingir um UAV a 500 metros de distância, bem como detonar explosivos a 200 metros de distância.

Já no incidente no início deste mês a arma, com potência de 50 KW, foi usada para abater um drone modelo Wing Loong 2, produzido na China e operado por forças dos Emirados Árabes na região de Misrata, na Líbia. Com 11 metros de comprimento, 20 metros de envergadura e autonomia de 20 horas de vôo, o Wing Loong 2 foi criado principalmente para missões de reconhecimento, mas pode carregar até 480 Kg de armamento, incluindo até 12 bombas ou mísseis guiados a Laser.

Ao contrário dos filmes de ficção científica, um disparo laser não abate um alvo instantâneamente: em vez disso o Laser tem que ser mantido por um período de tempo sobre o alvo, que vai se aquecendo até ser destruído. Por isso o Laser turco é equipado com um sistema de rastreamento, capaz de acompanhar um alvo em movimento.

Outros países também estudam o desenvolvimento e uso de sistemas de armas a laser. Os EUA testam, desde 2014, um sistema para uso em embarcações chamado LaWS (Laser Weapon System). Já a China demonstrou, em Abril deste ano, um sistema similar que pode ser montado em carros de combate.

Fonte: Army Recognition