Recentemente, uma equipe da BBC News Arabic investigou uma série de perfis no Instagram nos quais traficantes de seres humanos anunciavam escravos. Os repórteres entraram em contato e se reuniram com diversas pessoas que anunciavam trabalhadores domésticos, incluindo adolescentes. Em um desses encontros, foi oferecida Fatou, uma jovem da Guiné de 16 anos, por R$ 15.210.
Urmila Bhoola, relatora especial da ONU afirmou que esse é apenas um exemplo da escravidão moderna, que comercializa crianças “como um imóvel”. Após as investigações da BBC, o governo do Kuwait convocou as pessoas responsáveis pelas contas do Instagram nas quais foram encontrados os anúncios.
Segundo as autoridades, eles forçaram os titulares da conta a tirarem as publicações e assinarem um acordo legal prometendo que não “participariam mais da atividade”. Apesar disso, não foi mencionada nenhuma punição legal, mas o chefe do Departamento de Trabalhadores Domésticos do Kuwait, Nasser al-Mousawi, afirmou à BBC que “qualquer pessoa que lide com esse tipo de negócio será punida”.
O Instagram afirmou que removeu os conteúdos do Facebook e Instagram, além de impedir a criação de novas contas e publicações.
Para Urmila Bhoola, Google, Apple e Facebook devem também ser responsabilizados, porque estariam ajudando a promover o mercado de trabalho escravo online.
Kimberley Motley, advogada que assumiu o caso de Fatou, que foi levada de volta para Guiné e adotada por uma família local, afirma que as empresas envolvidas devem uma indenização para a menina, já que se dizem responsáveis por tudo que é colocado em sua plataforma.
Via: Futurism