O TikTok, aplicativo de pequenos vídeos da ByteDance, anunciou nos últimos dias seu primeiro modelo de celular. Porém, a empresa enfrenta uma crise de credibilidade em solo americano. A principal crítica que sofre é sobre a segurança que possui para armazenar os dados dos usuários.

Para tentar conquistar a confiança, o TikTok afirma que sua equipe de gerenciamento é independente do governo chinês, e inclusive, está construindo diversas sedes nos EUA. Outro ponto levantado por Vanessa Pappas, gerente geral da empresa nos Estados Unidos, é de que todos os dados de usuários americanos são armazenados no próprio país, com backup em Cingapura. Vanessa destaca ainda que uma auditoria de segurança independente confirmou essa informação.

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Porém, acontecimentos recentes levantam dúvidas sobre a confiabilidade da empresa chinesa. Em abril de 2019, a ByteDance recebeu uma ordem de suspender seu aplicativo agregador de notícias. Pouco depois a empresa pediu desculpas por ter falhado com seus usuários por meio do Weibo, o Twitter chinês.

O órgão regulador de mídia da China acusou a ByteDance de criar aplicativos que ofendiam a sensibilidade comum. Após o incidente, o CEO da empresa, Zhang Zhemin, tomou uma série de medidas, entre elas criar uma “lista negra de usuários proibidos” e desenvolver uma tecnologia para monitorar conteúdo.

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Essa censura afetou também o aplicativo TikTok. Ex-funcionários da empresa nos Estados Unidos contaram em entrevista que tentativas de convencer a equipe chinesa a não bloquear ou penalizar determinados vídeos eram ignoradas por conta das restrições do governo chinês a outros aplicativos da ByteDance.

O Senado dos Estados Unidos realizou esta semana uma audiência para tratar da relação da China com a tecnologia, mas a TikTok se recusou a participar, alegando falta de tempo para se preparar. O senador Josh Hawley cobrou a empresa, afirmando que “eles alegam que não censuram, mas não é o que dizem os ex-funcionários da TikTok”.

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Via: The Verge