O Galaxy S8 finalmente apareceu no Brasil. O primeiro top de linha que a Samsung lança desde o fiasco do Galaxy Note 7 chegará ao país por a partir de R$ 4.000, com a versão S8+ custando R$ 4.400. Mas será que vale tudo isso? O Olhar Digital teve a oportunidade de testar o aparelho ainda em Nova York, no evento de apresentação do aparelho, para trazer as nossas impressões sobre o smartphone.

O que fica muito claro ao mexer no Galaxy S8 pela primeira vez é que se trata de um celular premium que faz questão de parecer premium, feito para ser leve e o mais agradável ao toque possível. As telas de 5,8 polegadas e 6,2 polegadas parecem enormes, mas esse fato não afeta a pegada no celular por causa da proporção de 18,5:9 do painel (resolução 2960×1440), o que significa que ela foi aumentada verticalmente, mas não horizontalmente, fazendo com que o dispositivo ainda se encaixe bem na mão do usuário.

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É importante notar que a Samsung não mexeu em algumas características tão queridas de sua base de usuários, como a entrada para cartões microSD e na certificação IP68, que garante que o celular pode aguentar mergulhos rápidos na água e resistir à poeira. A versão brasileira do celular também terá capacidade para dois chips de telefonia.

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Nos primeiros testes, também foi possível observar que, em termos de desempenho, o celular está voando. O Galaxy S8 brasileiro usa um processador Exynos 8895, da própria Samsung, mas a velocidade deve ser similar em ambos os casos; as duas versões têm 4 GB de memória RAM. O resultado disso é um smartphone altamente veloz que não engasga mesmo quando pressionado.

Outro ponto que se destaca no S8, especialmente quando comparado com o S7, é o novo botão Home virtual, que substitui a tecla mecânica tradicional. Agora existe uma resposta tátil similar à vista no iPhone 7, trazendo uma sensação um pouco diferente de apenas tocar em uma tela plana comum. O deslocamento do sensor de impressão digital para trás se tornou obrigatório com a nova identidade visual do aparelho, mas nos testes a posição se mostrou simples e confortável para o uso, mesmo que à primeira vista não pareça.

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Em termos de áudio, a Samsung também foi uma das primeiras fabricantes a incluir o Bluetooth 5.0 em seu celular, e, com isso, trouxe a oportunidade de um novo recurso, que é a conexão a dois fones sem fios diferentes. O S8 também tenta se destacar em relação ao iPhone 7 oferecendo a tradicional e ameaçada entrada de fones de 3,5 mm, o que é com certeza um acerto.

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A câmera era um ponto fortíssimo do S7, e continua ótima. Além da qualidade, com 12 megapixels, abertura f/1.7 e estabilização óptica, que precisa ser avaliada com um teste mais profundo, o app da câmera se destaca pela incrível quantidade de configurações e tanto para o usuário mais avançado, que quer ter o máximo controle sobre a imagem, quanto aqueles que procuram mais diversão, com filtros para brincar com as fotos, incluindo o famigerado cachorrinho do Snapchat. Ou seja: tem qualidade para todos os gostos. Nos testes breves, ficamos satisfatoriamente impressionados com a velocidade do foco e a qualidade dos registros fotográficos.

Por fim, o assistente Bixby também é um destaque do S8, embora os usuários brasileiros ficarão na espera porque a versão em português ainda está em desenvolvimento. Na versão que pudemos experimentar, porém, o recurso ainda não reconhecia comandos de voz, mas pelo menos usava inteligência artificial para auxiliar o usuário ao reconhecer o objeto fotografado e conectá-lo a lojas online. A ideia da Samsung é promissora. Segundo André Varga, diretor de produto da Samsung, um dos diferenciais é a capacidade de se integrar ao que o usuário estiver fazendo. Um exemplo dado pelo executivo é que é possível pedir para a ferramenta selecionar e enviar uma foto por comando de voz sem precisar abrir nenhum app. Será, no entanto, um desafio para a empresa tirar a atenção do Google Now e do Google Assistente, que já são nomes mais populares no mundo do Android.

Por fim, também é necessário observar a TouchWiz, que sempre foi apontada como um calcanhar de Aquiles da Samsung. A empresa tem feito um grande esforço nos últimos anos para reverter a má imagem de seu software, e isso se reflete no S8, que traz uma versão mais refinada, elegante e limpa do que nunca. Se será o suficiente para desfazer a má imagem que a interface tem entre os usuários mais ávidos do Android, só o tempo poderá dizer.