T-Mobile e Sprint se fundem; decisão é criticada por democratas

Membros do partido argumentam que a transação encarecerá os serviços de redes móveis e diminuirá a concorrência no setor
Redação05/11/2019 22h52, atualizada em 06/11/2019 01h15

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A Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC) divulgou oficialmente a aprovação do pedido de fusão entre as operadoras norte-americanas T-Mobile e Sprint. O assunto estava em pauta desde maio, quando o presidente da FCC, Ajit Pai, sinalizou que aprovaria o acordo e recomendaria o mesmo a seus colegas. A decisão foi formalizada em uma votação recente dos comissários da FCC.

O Departamento de Justiça também aprovou o acordo. Como parte do processo de revisão regulatória, a T-Mobile concordou com um prazo para implantar redes 5G e alienar a Boost Mobile, subsidiária da Sprint. A fusão ainda é alvo de uma ação judicial movida por uma coalizão de procuradores do estado.

Em declarações reveladas nesta terça-feira (5), comissários do Partido Republicano alegaram que o acordo era do interesse econômico dos consumidores e melhoraria a cobertura e a concorrência no setor sem fio. “Em particular, a transação ajudará a garantir a liderança dos Estados Unidos no 5G, a acabar com a fronteira digital nas áreas rurais e a aumentar a concorrência no mercado de banda larga”, afirma Pai em comunicado.

As ideias foram contestadas por grupos de defesa dos consumidores e por membros do Partido Democrata, que orientaram voto contrário à fusão. “Reduzir o número de fornecedores nacionais de quatro para três prejudicará os consumidores, prejudicará a concorrência e eliminará milhares de empregos”, afirmou a comissária Jessica Rosenworcel em comunicado. Para ela, a fusão “terminará uma era de ouro na tecnologia sem fio”.

O comissário Geoffrey Starks fez eco a esta preocupação. “No curto prazo, essa fusão resultará na perda potencial de milhares de empregos”, afirmou em comunicado. “A longo prazo, estabelecerá um mercado de três operadoras móveis gigantescas com todos os incentivos para dividir o mercado, aumentar preços e competir apenas pelos clientes mais lucrativos”.

Fonte: The Verge

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital