O supercomputador brasileiro Santos Dumont corre risco de ser desativado em outubro por falta de verba, segundo reportagem do G1. É isso o que disse Augusto Gadelha, diretor do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), citando um corte de 44% no orçamento da instituição.
O Santos Dumont é o supercomputador mais potente da América Latina – sua potência é similar à de 10 mil notebooks de ponta ligados simultaneamente. É também o único supercomputador brasileiro que aparece na lista das 500 máquinas mais potentes do mundo.
Inaugurado em janeiro de 2016, custou R$ 60 milhões e atualmente é usado por 350 pessoas em cerca de 100 pesquisas científicas envolvendo doenças como zika, alzheimer e câncer.
De acordo com Gadelha, o supercomputador consome R$ 6 milhões por ano, e o orçamento do LNCC para 2017 é de R$ 9 milhões após os cortes de dinheiro – era para o laboratório receber R$ 16 milhões.
O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) diz que trabalha para conseguir repassar os R$ 16 milhões previstos para o LNCC continuar funcionando no ano.
Não é a primeira vez que a falta de recursos coloca em risco o funcionamento do supercomputador brasileiro: o Santos Dumont foi desligado em junho de 2016 pelo mesmo motivo. Além de atrasar o avanço das pesquisas científicas, o desligamento da máquina também pode causar danos ao equipamento.