Startup pretende lançar satélites que funcionam como torres de celular

A UbiquitiLink pretende estabelecer uma rede acessível a celulares comuns que poderá ser usada quando não houver cobertura de Wi-Fi ou de uma rede convencional
Redação02/08/2019 16h24, atualizada em 02/08/2019 18h06

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O foguete SpaceX Falcon 9 lançado rumo à Estação Espacial Internacional na semana passada carregava um pequeno experimento que poderá fazer seu smartphone receber serviço de celular do espaço. Se funcionar, ELE pode ser um precursor de uma gigantesca constelação de milhares de mini-satélites que funcionarão como torres de celular para todo o mundo.

O experimento é produto de uma startup chamada UbiquitiLink, a mais recente empresa a propor a colocação de uma mega-constelação de satélites em órbita baixa acima da Terra. Mas ao contrário de muitos outros projetos envolvendo satélites, ela não espera oferecer conexão à internet a partir do espaço. Em vez disso, a empresa está focada exclusivamente no serviço de telefonia celular.

O objetivo é colocar pequenos satélites em órbita e permitir que qualquer telefone celular possa se conectar a eles, sem qualquer tipo de modificações nos aparelhos. “Existem 5,2 bilhões de usuários de telefonia no planeta, e queremos atender todos eles com conexões via satélite” diz Charles Miller, co-fundador e CEO da UbiquitiLink.

A intenção não é substituir completamente a necessidade de torres de celular no chão. Em vez disso, a ideia por trás do UbiquitiLink é fornecer cobertura celular adicional para regiões fora do alcance de torres convencionais, como áreas rurais ou de difícil alcance. Miller estima que uma média de 750 milhões de usuários de celulares não tenham conectividade em um dado momento. Para preencher essa lacuna, a UbiquitiLink diz que desenvolveu uma maneira de enganar os telefones para fazê-los se conectar a um satélite em órbita sempre que o dispositivo estiver fora do alcance de uma torre de celular.

É isso que a UbiquitiLink está testando com a o satélite enviado à ISS. “Estamos no processo de provar, com nossos satélites de teste, que podemos compartilhar o espectro que já está no telefone, para uso terrestre por espaço, e que não causará interferência prejudicial”, diz Miller.

‘Estamos no processo de provar, com nossos satélites de teste, que podemos compartilhar espectro que já está no telefone e é para uso terrestre com um sistema no espaço, e que isso não vai causar interferência indevida’

Outra coisa que torna esse projeto mais barato é que a UbiquitiLink não precisa desenvolver nenhum hardware para os clientes no solo – o que a indústria chama de ‘terminais de usuário’, e o público conhece como ‘celular’

Por fim Miller reforça que seu sistema não compete com outras constelações ou com torres de celular no solo. O UbiquitiLink só deve ser usado sempre que a cobertura de celular tradicional ou uma conexão Wi-Fi não estiverem disponíveis.

Via: The Verge

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital