Startup cria criptomoeda que diminui descarte de resíduos sólidos

Rene Ribeiro23/10/2018 22h59, atualizada em 24/10/2018 12h30

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Uma nova criptomoeda, chamada Ecochain Moeda Verde, chegará ao mercado no dia 1º de dezembro com uma proposta diferente de apenas atingir lucro financeiro. Isso porque ela visa gerar renda para famílias de baixo poder aquisitivo, além de aumentar a reciclagem de materiais descartados em residências. 

A iniciativa foi criada pela união da Startup ECOCHAIN, em parceria com a exchange FlowBTC, a TI2CI, que é uma empresa de soluções para cidades inteligentes, e a especialista em inovação tecnológica LF1. 

O cenário desse projeto é a cidade de Santa Cruz da Esperança (SP) que, desde 2017, já conduzia a Moeda Verde, cupom que era dado a voluntários que recolhiam e depositavam materiais para reciclagem nos pontos de coleta. 

Para investir nessa criptomoeda, a pessoa precisa fazer o cadastro no site Ecochain Moeda Verde na prefeitura do município, ou em um posto de coleta. Para efetuar o registro ele precisa fornecer apenas o nome completo e CPF. Após esse processo, o cidadão tem acesso automaticamente a uma carteira digital, onde receberá seus ECOs (nome do dinheiro virtual da Ecochain) e poderá verificar seu saldo por meio de qualquer dispositivo móvel.

Caso não tenha celular, o ECO é disponibilizado em formato de QR Code (código de barras), impresso em papel para a troca. Com essa moeda digital, o voluntário pode adquirir itens de cesta básica e materiais escolares para as crianças.

Até o momento, já foram coletadas cerca de 24 toneladas de resíduos sólidos domésticos no município. Antônio Limongi, sócio da Ecochain, estima que esse número deve saltar para 2 toneladas, ao mês. “Isso é muito importante para a cidade, pois além de contribuir para a diminuição de materiais descartados nos aterros, a iniciativa ajuda a erradicar doenças como dengue e chicungunha”, completa Limingi. 

Expansão da Ecochain

A empresa pretende levar essa tecnologia para 40 outros municípios de diversos tamanhos que já demonstraram interesse pelo projeto. Desses, existem duas cidades com propostas para iniciar a parte “legislativa” do processo e assim já contar com o Ecochain Moeda Verde.

“Esse é só o começo. Até dezembro de 2019, pretendemos já ter a moeda implementada em todos os municípios dessa lista. Além disso, também queremos adaptar o sistema para atuar em uma capital, como São Paulo”, completou Ronan Cunali, diretor da Ti2Ci.

Mais informações podem ser acessadas no site da empresa.

Colaboração para o Olhar Digital

Rene Ribeiro é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital